Olá! A resenha de hoje é de um livro diferente. O primeiro infantil que resenho no blog. E o que posso dizer é que a experiência de ler um livro do gênero estando fora dele, com um olhar mais "sagaz", e poder contar como foi para vocês é só amor.
Autor: Claudio FragataIlustrador: CárcamoEditora: Galera RecordAssunto/ Categoria: Coisas que aprendemos na infância, Infância, Amizade, Cuidados, Sentimento familiar, Livro InfantilSinopse: O para sempre de Pedrina e Tunico - Às vezes, o nunca é para sempre. Mas, às vezes, o para sempre é exatamente isso. Sempre. Constante. Eterno. Um infinito de lembranças. Costuradinhas com linha de memória, ligando momentos que nos marcam para sempre. O primeiro dia na escola. O primeiro brinquedo. O primeiro amigo. A primeira tristeza. Uma perda. O para sempre de Pedrina e Tunico é tudo isso e muito mais. É a certeza de que os que amamos estão sempre, palavrinha teimosa, conosco.Claudio Fragata trabalhou na Divisão Infantil e Juvenil da Editora Globo, onde publicou contos e poesias na revista Recreio.Cárcamo, o ilustrador do livro, trabalhou em conjunto com a Walt Disney. Atualmente, é colaborador da Folha de S. Paulo e da revista Época.
Para voltar à infância
Leio desde antes de aprender a ler. Livros infantis ficavam nas minhas mãos e eu olhava as figuras encantada, tentando gravar as palavras que ali estavam de acordo com o que minha mãe lia. E quando aprendi, a biblioteca da escola era um dos meus lugares favoritos. Um dia a "Tia" contava história. E no outro eu já lia por conta própria. Toda semana renovando livros lá. Os de que mais gostava eram como este, da resenha, os que acariciavam o coração e faziam pensar. Até hoje são os que mais me cativam.
Quando somos crianças, cada experiência é encarada com um olhar cru, inocente, aberto. Estamos dispostos a aprender de tudo. E uma simples experiência muitas vezes ignorada ou julgada por conceitos já formados quando somos adultos, soa como um manual rico aos olhos de uma criança. O para sempre de Pedrina e Tunico fala disso. Como a presença de alguém que cuidava dele e de sua casa e a de um amigo fizeram a diferença em sua vida.
O livro é narrado em primeira pessoa pelo menino que aparece nessas primeiras imagens, ele conta como foi a chegada de Pedrina em sua vida. Pedrina ficou em sua casa, cuidando das tarefas domésticas e dele. Através do olhar infantil conhecemos a troca rica de informações, carinho e experiências entre ele e a mulher mais velha. Uma mensagem linda na qual o livro toca é a escravidão e o racismo como coisas tão toscas, que aos olhos de uma criança, pensando por uma lógica normal, ficam incompreensíveis. O normal é a aceitação e o amor.
Um dia Tunico, neto de Pedrina, chega à casa do narrador por obra do destino. É fofo ver o desenrolar da amizade deles. Uma criança interagindo com a outra de modo tão simples. Apenas aceitar e se deixar falar para poder brincar. Livre de complicações, desconfiança, preconceitos... Gostaria de poder fazer amizade com outras pessoas assim tão facilmente. Mas no mundo adulto parece que sempre temos que desconfiar de tudo e todos para manter alguma segurança. Não se pode mais simplesmente abrir o coração e se permitir brincar como uma criança.
Acompanhamos o desenrolar dessa amizade. Os momentos maravilhosos de riso inocente de coisas bobas, por nada. As trocas simples. A cumplicidade e o apoio que um amigo dá ao outro. O proteger e o cuidar fiel. Até os momentos tristes. Os momentos de preocupação e solidariedade. E isso é puro amor. Como eu disse antes, pela perspectiva amável de uma criança. A história se desenrola até o eternizar, quando nos mostra que o carinho que algumas pessoas geram em nós permanecem, por mais que elas vão embora, por qualquer motivo da vida. E toda essa mensagem é linda. Com certeza a guardarei para os meus filhos daqui a muitos anos, quando os tiver.
Vale destacar também as ilustrações. Estão belíssimas. Com equilíbrio visual. Agradáveis para completar a leitura e ilustrar bem as cenas. Limpas e bem demonstrativas. Fora o ótimo conceito que o ilustrador, Cárcamo, possui.
Super recomendado para presentar as crianças que conhecemos e incentivar a leitura ou para relembrar a criança dentro de nós.
Achei lindo, principalmente por falar de algo tão maravilhoso.
ResponderExcluirHoje em dia, as vezes é difícil uma amizade verdadeira, existe tanta inveja e competição.
Ver uma historia de amizade leve e verdadeira, faz você torcer pra que dê tudo certo.
Fiquei muito curiosa pra conhecer essa historia.
Eu sempre leio um infantil ou juvenil. Acho super importante manter essas épocas de nossa vida vivas na memória. E não há coisa melhor do que pegar um livrinho infantil e poder olhar e ler com outros olhos.
ResponderExcluirTambém sempre li desde criança, obrigação na escola e por amor em casa, porque podia escolher os livros na biblioteca que eu queria.
O Para Sempre é quando o coração pede..e no caso da história acima, estes corações pediam todo dia...o amor, a amizade, cumplicidade..misturados ao preconceito, diferenças..
Adorei o tema e pretendo ler se tiver oportunidade!!!!
Beijo
Oi Vivian eu amoo ler livros de crianças são ta inocenteeees hahaha. tbm goto pra depois contar a historia para a minha sobrinha ela ama ouvir historias. esse livrinho deve ser ótimo..
ResponderExcluirgostei mto por ter resenhado algo para o lado infantil mtoo bom
bjos
Adorei o livro! Infelizmente, hoje em dia eu não leio mais livro infantil :/ Além da amizade, o que eu achei muito interessante nesse livro foi abordar assuntos como o racismo e a escravidão! É bom as crianças saberem do que se trata os assuntos desde pequena, pois isso ajuda bastante para formar uma pessoa com um bom caráter!
ResponderExcluirOi Vivian, parece mesmo uma leitura gostosa para a criançada. Vou anotar o nome, e quando tiver oportunidade já sei o que dar para alguma criança.
ResponderExcluirBjs, Rose
Que nostálgico né? Sempre é bom relembrar a infância, não comecei a ler desde pequena, como você, mas quando comecei, não quis mais parar! Eu li muitos livros infantis ainda na minha vida, mesmo estando grandinha pra eles kkk
ResponderExcluirSão histórias que nos ganham na simplicidade e dão grandes lições para a vida!
Que bonitinho! *-* Quando vi o título do livro já imaginei que era um livro infantil e nem tive vontade de ler a resenha... Mas aí você começou a falar de tudo na obra que acabei ficando curioso *-*
ResponderExcluirSeria irônico comprar pra mim e presentear uma criança para conhecer o mundo maravilhoso da leitura? :3
Bjs!
http://leiturasilenciosaoficial.blogspot.com.br
Livros infantis têm um encanto sem igual. Tenho as minhas coleções que meus pais me davam na época da educação infantil, quando estava lá nas séries iniciais. Lembro que os lia e sempre fazia um resumo pra mostrar para a professora porque ela dizia que tínhamos que exercitar a leitura pra depois ler bem os textos do quadro negro <3 Lendo desde sempre *-*
ResponderExcluirVivian!
ResponderExcluirNunca deixei de ler os livros infantis porque temos uma visão da inocência e das mensagens diretas que eles trazem, embora os livros mais atuais estão um pouco mais maduros dos que os infantis da minha época.
As ilustrações estão lindas!
cheirinhos
Rudy
Oiii
ResponderExcluirQue livro lindo! Parece bem tocante, mesmo!! Eu lia muito na infância também, vício eterno kkk Livros assim, que inspiram e fazem refletir sobre as desnecessárias convenções sociais, deveriam ser presença constante na vidas das crianças, ajudaria muito a lutar contra preconceitos enraizados. Achei linda a ilustração também. Livro lindo <3
Beijos
*-*
ResponderExcluirA vida é simples, nós é que a complicamos.
Minha infância não foi a mais feliz, mas também não foi a mais triste, se tenho um orgulho? Minha amizade, minha melhor amiga, desde, bom, sempre. De parceira de carrinho de bebê à parceira do hoje.
As coisas eram mais simples, eu era mais simples, os dramas menos dramáticos e as respostas mais eficazes.
Leio, às vezes, livros infantis, pois o olhar de uma criança é tão puro e detalhado, simplista e imediato, vale apena recordar.
Continuo com nuances infantis, sinceramente, crescer é uma chatice necessária, mas ninguém nunca disse que eu não poderia levar comigo tudo o que já fui.
Um ótimo livro, sem dúvidas.