Esse post é um teste. Pode soar muito auto-ajuda. Não sei... Mas depois de refletir, notei que pequenas coisas que pensamos e aprendemos podem fazer muita diferença na vida de outras pessoas. Por isso resolvi compartilhar algo que aprendi, com um pouco das minhas experiências, com vocês.
Eu tinha um problema sério. E estou me tratando aos poucos para me livrar dele. Amar e não demonstrar bem. Amar e achar que só isso basta. E antes eu não reconhecia isso. Ouvia reclamações de uma das pessoas de que mais gostava e não entendia, por que ela tanto reclamava de mim. Pensava que deveria ser falta de reconhecimento e que eu estava fazendo minha parte. Até eu entender que o problema não era o modo como eu a tratava, mas sim o modo como eu tratava todas as outras pessoas. O modo como eu me relacionava.
Não acho que alguns de vocês tenham lido um post que fiz há muito tempo sobre amigos que vão embora, é antigo, mas deixo o link aqui - vale a pena ver. Esse post foi escrito quando fiquei triste por perceber que algumas pessoas não se dedicavam a mim tanto quanto eu me dedicava a elas. Que eu era a amiga reserva, para chamar quando necessário, mas não para chamar para os bons momentos, nem para ver se estava viva. Exagerei na romantização. As palavras expressaram a dor exagerada do coração. Nessas férias, entendi o problema. Vi que eu continuava sendo a colega esquecida. E que era, para uma pessoa muito importante que eu considerava como um forte para mim, a amiga que se chama quando precisa. E eu sei que ela nem vai ler isso, porque não reconhece as coisas que faço no geral. É só olhar e dizer parabéns, e pensar ela conseguiu de novo.
A pancada de percepção veio quando meu melhor amigo, que tanto reclamava desse meu defeito com ele, me fez enxergar de vez, que o problema era que eu não fazia algo que deixasse minha marca de amor pelas pessoas. Que me faltava a sensibilidade do amor ao próximo. Mas a pancada de dor que concretizou e externou isso para outras relações veio quando num encontro com colegas de muito tempo, vi que as pessoas que eu considerava como amigas, ou colegas de quem gostava muito apesar da distância, - desculpem a palavra -, cagavam para mim. Não havia consideração. Não havia nem o "senta aqui, faz tanto tempo que não te vejo, vamos conversar!". Era só me ver e falar o básico. Eu estava lá de novo. Mas que diferença fazia? Eu sei que a falta de consideração de outras pessoas não é minha culpa. Mas tal acontecimento me fez parar para reavaliar toda minha vida - sim, eu reflito bastante sobre mim mesma, tanto quanto reflito sobre os livros. E eu parei e pensei "e se eu tivesse sido diferente?". Será que faria diferença? Será que pequenos atos de carinho inesperados fariam com que outras pessoas aprendessem comigo, seguissem meu exemplo e começassem a tratar as outras com mais amor? Inclusive a mim?
Sou uma boa amiga. Estou, estive, sempre presente quando precisaram de mim. Os fatos não me deixam mentir. Mas parando para pensar, acho que poucas vezes parei para simplesmente levar algo que um amigo pudesse gostar, como uma bala preferida, ou algo necessário, de surpresa. E eu me cobro isso. Acho importante fazermos algo, ainda que não vão reconhecer, que traga amor e uma mensagem positiva às pessoas. Eu decidi recomeçar. Aquelas amigas do passado? Não briguei, não rompi... Mas já me cansei a um ponto, que sei que não vale mais a pena ir atrás. Então não procuro mais. Mas se me procurarem, atenderei como puder numa conversa. Não será como antes. Será amor ao próximo. A intimidade anterior acabou. Mudamos tanto, que ela nem faz mais sentido. E nem importa mais.
A questão é exatamente esta: aprendi que preciso mudar. Que fazer algo pequeno por alguém faz toda a diferença. E já conheci alguém que me deu esse exemplo. E já vi, nesse reinicio pessoas que agem pelo bem, fazendo a mesma coisa quando podem. Isso só me causou felicidade. Também aprendi a cobrar menos. Tanto quanto aceitei que não posso mudar antigas amigas, que nem estão mais enquadradas no sentido real dessa palavra. Aceito. Amo. Mas não espero mais o mesmo amor. Além de errado, cobrar esse tipo de coisa de outra pessoa é decepcionante. O outro nunca agirá como queremos. Decidi então, que a cada dia treinarei deixar a timidez de lado diante de desconhecidos - meu maior desafio, posso falar muito aqui através dessa tela, mas pessoalmente prefiro observar de início -, e tratar as outras pessoas com o amor que faz a diferença. Com pequenas coisas que podem transformar. E que no futuro, talvez mudem a história. Talvez na próxima reunião de ex-colegas, eu seja lembrada. Não seja apenas a garota inteligente que estava presente para rir junto e que dizia coisas boas quando solicitada. Talvez por ter uma atitude melhor, a vida em si me apresente a pessoas melhores, que saibam reconhecer a amizade e o carinho e que ajam da mesma forma. Aprendi também a me amar e valorizar mais. Aprendi, simplesmente, que todo dia é importante fazer algo fofo por alguém.
E você? Já fez algo por alguém hoje?
(que tal começar deixando um comentário neste post? hehe...)
Infelizmente, nem todas as amizades são verdadeiras como você pensa! Já passei por isso algumas vezes, e sei como é se sentir assim. Por um lado é bom, pois são com os erros que você aprende. É sempre bom mudar, de preferência para melhor, e saber aproveitar mais as pessoas que nós mais amamos!
ResponderExcluirOi Vivian, na verdade nem sei o que dizer. Amizade é algo complicado, pois muitas vezes queremos que seja como nós mesmos somos, e isso nem sempre é possível. Acho que os verdadeiros amigos, aqueles que realmente levamos no coração, não se importam se estamos sempre com flores e bombons, mas se importam de como estamos. Podemos não estar sempre juntos, mas quando estamos isso basta.
ResponderExcluirÉ bom quando percebemos nossos erros, mas é melhor ainda quando percebemos quem realmente vale a pena ter ao lado.
Bjs, Rose
Hoje tenho um pensamento tão formado sobre amizades, que fica difícil expor assim. Passei tempo demais me questionando onde eu errava. Porque depois de um tempo, eu era apenas esquecida..e pronto.
ResponderExcluirQuando eu era a fumante inveterada, a maluca que dançava a noite toda...e que bebia todas(literalmente), eu era sempre convidada para festas, eventos..mas quando adoeci, simplesmente fui descartada. Tal como um papel velho, que não serve mais para nada. Isso doeu demais..e eu me analisei.
A vida toda havia sido assim e até hoje não mudou. Não tenho amigos reais, pessoas que aparecem aqui em casa, que ligam, que me procuram..exceto quando precisam de algo, um livro emprestado, um filme...
E sabe o que mudou? Eu continuo aqui...minha vida não parou. Não deixei de viver por conta de amigos que sumiram.
E no palavreado comum: Foda-se!!!!!
Eu sou assim..quer gostar? Faz um favor. Não quer? Faz dois =)
Beijo
Lindo esse texto, me emocionei.
ResponderExcluirSou uma pessoa que gosto e não tenho vergonha de dizer TE AMO à uma amiga, pois assim como gosto que lembrem de mim , que mostrem que se importam comigo, também tento fazer.
É tão difícil ter uma AMIZADE, aquela pra todas as horas e hoje posso dizer que tenho uma. Mesmo não vendo sempre, sei ela está alí sempre que precisar. Gosta de mim do jeito que sou.
Lindo esse texto, me emocionei.
ResponderExcluirSou uma pessoa que gosto e não tenho vergonha de dizer TE AMO à uma amiga, pois assim como gosto que lembrem de mim , que mostrem que se importam comigo, também tento fazer.
É tão difícil ter uma AMIZADE, aquela pra todas as horas e hoje posso dizer que tenho uma. Mesmo não vendo sempre, sei ela está alí sempre que precisar. Gosta de mim do jeito que sou.
Nossa me emocionei com suas palavras, como vc escreve bem.. nossa me indentifiquei mto no texto..As vezes damos importancia dmais a quem nao deviamos e menos aqueles que merecem, tenho pouquíssimos amigos, mais não troco os por nada são tudo pra mim..amei o texto a liçao de vida que ele traz mtoo bom.. bjos
ResponderExcluirVivian!
ResponderExcluirAcredito que o que mais nos decepciona é quando esperamos muito do outro ou esperamos que eles sejam como nós, que nos doamos incondicionalmente e com todo amor. Magoa...
Então, o que aprendi é não esperar nada em troca. Fazer porque quero ver o outro feliz, independente se ele vai me retribuir, me olhar ou me ajudar quando precisar.
Aprendi que temos de fazer nossa parte com todo amor e boa vontade e não aguardar nada em troca, porque o merecimento virá de forma inesperada.
Parabéns por seu aprendizado interior...
Muita luz e paz!
Cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Me identifiquei muito com seu texto, mas só discordei em um ponto que nem precisa ser citado. Acho que a parte ruim do nosso amadurecimento em relação à essas questões tratadas é que nem sempre as pessoas ao nosso redor amadurecem junto com a gente, aí esperamos por uma melhora da outra parte, uma reciprocidade que às vezes não aparece... Mas são coisas da vida, né? Acho que, além de não se cobrar tanto, é importante não cobrar dos outros também, pois cada um tem um tempo diferente de percepção e amadurecimento.
ResponderExcluirOi
ResponderExcluirQue texto lindo! Concordo com você, eu tenho alguns problemas de relacionamento, mas também venho aprendendo que as vezes nem tentamos mais, sem perceber. É tão mais fácil não se doar tanto, não se importar tanto, não se esforçar tanto. Mas é importante estar presente , e como você disse, marcar sua presença; e fazer isso sem grandes pretensões. Fazer o bem, porque é o certo e não porque vai receber algo em troca. Ser educado, gentil, carinhoso, conceder favores, porque é certo e belo e não porque somos obrigados. Algumas pessoas vêm me ensinando isso com suas próprias ações e estou melhorando. Mudar sempre é bom, quem continua a mesma coisa não está vivendo.
Beijos
Nossa, eu te entendo bem.
ResponderExcluirSobre esse encontro: ai que facada! :/ Já aconteceu algo semelhante comigo, quando eu e meus amigos nos encontramos para colocar a conversa em dia e eles simplesmente me deixaram de lado, eu me esforcei pra c@c€te pra ir naquela conversa e simplesmente não me deram valor.
Foi desde esse dia que eu pensei: vou dar valor a quem merece. Hoje ainda falo com eles e tals, somos "amigos", mas acho, só acho, que se chegar um momento em que terei de caminhar para frente sem olhar para trás, não hesitarei...
Bjs! Adorei o post! ^^
http://leiturasilenciosaoficial.blogspot.com.br/
Tive poucos amigos, colegas tive vários, mas amigos eu posso contar. Poucos deles me decepcionaram, pois posso ter demorado para conhecê-los, conquistá-los, fazer parte e me integrar, mas depois que fizemos isso, que passamos dessa parte, nos tornamos amigos mesmo, no sentido complexo e literal da palavra.
ResponderExcluirTenho uma amizade de 16 anos, minha idade e a idade da minha melhor amiga. Não vivemos dizendo coisas fofas uma para a outra, nem estamos nos vendo com tanta frequência mais, mas sabemos que nenhuma exitaria em ajudar a outra, isso é o que importa.
Pequenas coisas me lembram meus amigos e sei que algumas coisas os lembram que eu estou aqui também, isso basta.
Nem sempre acharemos pessoas que gostarão de nós da mesma forma que gostamos delas, faz parte do aprendizado. Erguer-se e conhecer novas pessoas também.
A modificação é inerente ao ser humano, transformar-se é indispensável. Não sabemos quem conheceremos, quem nos deixará ou continuará, o jeito é continuarmos nos arriscando.