Resenha: Beijada por um anjo - Destinos Cruzados

Pode conter spoilers! Leia apenas o primeiro e o último parágrafos, se não quiser vê-los.

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Pode conter spoilers! Leia apenas o primeiro e o último parágrafos, se não quiser vê-los.

Autora: Elizabeth Chandler

Editora: Novo Conceito

Páginas: 286

Assunto/ Categoria: Romance, Romance Sobrenatural, Romance Norte-americano, Anjos, Mitologia de anjos diferente do comum, Espiritualidade.

Sinopse: Um ano se passou desde que o namorado de Ivy, Tristan, morreu. De lá para cá, ambos seguiram em frente – Tristan para o outro lado da vida e Ivy para o doce e adorável Will. Agora, ela espera somente esquecer o horror do passado, deitar-se na praia com um copo de limonada e sair com seus amigos.

Mas então, um acidente de carro põe fim à vida de Ivy.

Enquanto ela flutua no além, se deparando com a vida que ela deixou para traz, Tristan a faz retornar a vida com um beijo apaixonado. Ivy acorda no hospital, cercada por Will e sua família, mas tudo o que ela consegue pensar é no amor que perdeu.

Mas não são apenas as lembranças de Ivy que voltaram do passado. E dessa vez ela não tem certeza de que o amor possa salvá-la.

Uma leitura relaxante e romântica

No quarto livro da série o conflito dos três primeiros foi tecnicamente fechado. Infelizmente não fiz a resenha do terceiro livro quando o li - o que foi há muito, muito tempo. Por isso vale até falar um pouco sobre ele aqui. No terceiro volume o conflito "Quem matou quem? Quem está tentando matar quem? Mimimi da Ivy por confiar demais em alguns e não acreditar em outros. E Tristan da Depressão." se encerra. E aquele seria o final da série. Só que há uma pontinha que poderia ser puxada. E alguns anos depois da publicação dele, a autora resolveu continuar a história, o que nos deu mais três livros. Neste, começamos um novo ciclo, que seria tecnicamente um retorno da problemática romântica.

Ivy sofre um acidente e perde a vida por alguns instantes. Mas um beijo de Tristan a faz voltar. E então, obviamente a esperança de tê-lo por perto retorna. E com isso, a dificuldade de seguir adiante também. Tanto que ela não consegue mais ficar com Will. E eu gostei disso. Algumas cenas que expressavam esses sentimentos dela mostraram uma personalidade que eu buscava na leitura de todos os outros livros. Como havia dito antes, ela não era uma personagem marcante. E nem é agora. Mas pelo menos captamos melhor seus sentimentos. É como se ela tivesse estado anestesiada. E com esse despertar, despertasse a si mesma também. Mas sem exageros, porque em alguns momentos ela deixou de se impor como deveria também. O que gerou consequências muito sérias, que devem se desenvolver melhor nos outros livros.

Novos personagens são inseridos e o ambiente muda. Ivy se afasta do cenário dos livros anteriores e vai passar um tempo trabalhando com Beth e Will numa pousada de parentes de Beth. Lá encontra novas amizades, com as quais não consegui simpatizar muito. Meu carinho por Beth continua. E ainda a acho a melhor personagem da série. O problema é que dessa vez ela sofre as consequências das besteiras das "amigas". Suzane não aparece mais, o que eu achei que já era hora de acontecer. Porém, um fato ruim, prometido na sinopse e etc é o "retorno" de Gregory. Beijada por um anjo não se trata especificamente de anjos como conhecemos. O nome vem do fato de Ivy ter devoção por eles. Mas os personagens que morrem e interagem com o mundo dos vivos não seriam exatamente o que conhecemos como anjos. E Gregory é um exemplo claro disso. Neste livro ele não retorna realmente, mas você consegue sentir sua presença. E imaginar que tipo de conflitos estão por vir. Como se não bastasse, um misterioso homem aparece na vida de Ivy, no hospital no qual ela foi obrigada a passar um tempo. E tudo o que ela sente é que precisa estar ao lado dele. Um homem sem memória, sem nome, misterioso e aparentemente com um segredo-problema. Que pouco a pouco revelará ter muito mais importância que um "João sem nome" - John -, mudando todo o rumo anterior já tomado e sendo o eixo do livro.

Gosto da série por ela ser leve. É uma leitura suave, intrigante, que consegue me prender. E é espiritualista. Querendo ou não, toca no assunto da fé e do amor. Ah... o amor. Agora sim há romance. Consegui soltar alguns suspiros durante a leitura e torcer muito para um bom desenrolar. Só que, novamente, Elizabeth Chandler termina um dos livros com um final "Nada de tudo certo! Ainda falta muito para tudo ficar bem!". Ou seja, que te obriga a ler a continuação. Não é uma leitura realmente profunda, super desenvolvida. Mas uma que faz o leitor relaxar, se emocionar, torcer e se instigar. E o melhor, tenho reparado que as edições da Novo Conceito, além de confortáveis de se ler, tornam as coisas mais rápidas. Porque as letras são maiores, naquele papel fofinho, mais grossinho, e o livro parece maior do que realmente é. E enquanto você lê, mais rápido que o normal, sente essa satisfação de estar avançando na leitura rapidamente. Como se não bastasse a história em si ser rápida, o formato físico do livro reforça essa sensação. Sem falar no capricho da edição, com figuras e folhas que dão o espaço necessário. Nada de aperto durante a leitura! Mas falando do essencial: a história. Recomendo a série para relaxar, se divertir. Avisando que ela é um pouco diferente dos romances sobrenaturais em geral pelo aspecto espiritualista com suspense, mas nem tanto.  Por isso, se está realmente cansado do gênero, deixe para depois.

4 Estrelas