Olá! Tudo bem com vocês? Comigo tudo lindo, perfeito, azul, purpurina e arco-íris. Mas hoje o assunto é sério e o post é escrito com amor e respeito. Escrevi esse texto pensando em algo que ainda não vi em relação a esse lançamento e campanha, mas que todos sabemos que acontece: a intolerância a histórias com temática LGBT. O que já vi até com autoras nacionais. Aqui expresso meu apoio ao amor e à tolerância, e à nova campanha da Galera Record: #BeijaçoGalera.
Quando comecei a ler viciadamente acreditava no discurso que as pessoas me contavam e vivia um sonho. Diziam para mim que as pessoas que leem tinham mais clareza, compreendiam mais e viviam melhor. Depois de anos me aprofundando nesse mundo e de muito convívio na blogosfera literária - o que me garantiu ainda mais conhecimento a respeito do público leitor -, sei que esse discurso é falso. Eu vivia uma utopia, pensava que os leitores eram sábios. Vivia presa na visão infantil e sonhava com um mundo onde um grupo de humanos tinha o mesmo amor que o meu coração infantil, o mesmo senso de justiça e de amor. As coisas parecem tão simples ao olhar de uma criança. E então eu cresci e entendi o que significa a humanidade. Uma das coisas que mais magoou meu coração desiludido foi ver que as pessoas que admirava estavam longe daquela idealização. Entre os leitores há seres humanos de todo tipo. E entre a literatura há preconceito.
Roubando uma citação de um autor admirável que parou para refletir sobre acontecimentos terríveis do século passado: os seres humanos me assombram. A Guerra Mundial acabou, o nazismo foi derrotado. Mas hoje é possível ver no pensamento até de quem nem sabe o significado histórico das coisas comportamentos que se assemelham à uma ideologia fascista: a intolerância. Meu coração é grato por não viver num país em que a intolerância ganhe tanto espaço, apesar de ficar horrorizada quando vejo atos insanos defendendo o que for. E triste quando vejo outros seres humanos em outros países alegando seguir uma religião, que deveria defender o amor, pregar o ódio. Todavia, hoje quero falar a respeito de um tipo específico de intolerância, um tipo que gostaria de chamar de intolerância ao amor. E infelizmente, terei que admitir que ela existe no mundo literário.
Na verdade, nesse universo existe em relação a tudo, não só em relação à histórias com temática LGBT. Nada seria tão normal, então, quanto ver pessoas expondo, então, sua intolerância a histórias que falam de um tipo de amor diferente do delas. A intolerância ao amor é uma doença engraçada, diretamente ligada com a virose da incompreensão. E a incompreensão é irmã da não aceitação, aquela que invade o hospedeiro e o faz repudiar tudo o que é diferente daquilo que ele vive. Ou seja, faz o ser humano se apegar a ideias do passado e defendê-las. Mas a cura está chegando. Pessoas do mundo inteiro a desenvolvem diariamente, lutando contra as garras dessas doenças tão cruéis: o amor. É o amor e a persistência em aceitá-lo e vivenciá-lo que cala a boca do ódio. Seu ódio não manda no meu amor. Seu ódio não manda no amor de ninguém. Sua intolerância naturalizada também não. Você tem todo o direito de não aceitar, mas fique doente sozinho e faça o favor de não estender isso às outras pessoas. Estamos todos vacinados pelo poder do amor. E é no amor que o mau não entra, não tem força e não modifica.
A doença existe, mas a cura é forte. E outra injeção está atuando, inventada pelo escritor David Levithan. David a inventou usando a razão e a compreensão. É um escritor que tem uma capacidade única de se colocar no lugar do outro, o que é totalmente comprovável em Todo Dia. E seus livros recentes, lançados no Brasil, têm tratado da temática LGBT. São um meio de fazer com que o público parte dessa comunidade tenha livros com os quais se identifique, ou apenas os faça refletir sobre toda a questão e a história, e que fazem com que quem não faz parte delas se coloque, também, no lugar do outro. Reforça a injeção da compreensão atuando com a cura do amor mais ainda. E ontem a nova capa do próximo lançamento do tipo veio ao ao público, de Dois garotos se beijando, outro lançamento da Galera Record divulgando o trabalho do autor (capa inspirada na versão britânica). O que gerou alguns comentários dos leitores, por alegarem que seria para ocultar a versão americana que é uma foto de um casal homossexual. Não interpretei dessa forma. E hoje a editora provou o que eu pensava divulgando uma campanha que vai contra a intolerância no meio literário. Mas a simples publicação do livro e sua capa - ilustração que eu achei divina ou foto - prova que a aceitação e o amor existem e estão fazendo a diferença. E que quer algumas pessoas aceitem ou não, vai ter amor e vai invadir a literatura. Ele é a cura.
Quer ajudar a injeção de amor e compreensão racional a se espalhar? Confira a campanha da Galera Record #BeijaçoGalera e participe ou compartilhe. Compartilhe este texto e mostre que seu amor é mais forte que tudo e não está sozinho, pois em todos os cantos do mundo há pessoas que amam e aceitam em contrapartida a todas que não toleram.
Deixo aqui uma foto em apoio à campanha, com meu amor especial, vencedor de outro tipo de intolerância. Compreendemos um ao outro. Somos um Céu Esquisito.
Achei mega lindo essa campanha da Galera, muita gente reclamando da capa... mas eu achei ela mega linda, um trabalho muito bem feito... o povo adora reclamar. hahaha eu penso, quer a capa americana? compra o livro na edição americana, uai hahaha.
ResponderExcluirSeu texto, que orgulho de ser sua leitora, Vivian! ♥
beijos,
Amy - Macchiato
Oiii
ResponderExcluirMas menina, quem é você?? Estou amando tudo que você tem escrito! Concordo com você, não tolero preconceito, para mim toda forma de amor é válida e deve ser respeitada. Eu acho que o David sabe exatamente o que significa “amor”, e ele vive provando isso em seus livros, como Todo dia, Will & Will com JG e outros... Admiro sua força e determinação em espalhar amor. Quanto a capa de Dois garotos se beijando, achei a britânica mais bonita, por causa da cor escolhida para o título, não conheço a americana, então não posso opinar; o que posso dizer, que o que realmente importa é a ideia que ela quer passar, e isso está nessa capa, que para todos os efeitos também é linda. Amei a foto e suas palavras <3
Beijos
Que linda essa campanha! E é muito bom saber que você apoia e também adere. Assim que comecei a ler, me lembrei automaticamente do livro mais lindo que já li na vida e que foi citado no seu texto "Todo Dia" do talentoso David Levithan. A forma que ele escreve esse livro é delicada e natural, levando em consideração um tema "polêmico". É, como sempre digo quando indico o livro, uma leitura que deveria ser OBRIGATÓRIA a qualquer ser humano. As pessoas se preocupam demais com a vida dos outros, deveriam entender que existe o amor entre pessoas e não gêneros. Se todos tivessem isso em mente, acredito que o mundo não seria esse poço de ódio, o amor prevaleceria. Mais uma vez, belíssimo texto.
ResponderExcluirVocê está me deixando viciada nos seus textos, você escreve tão bem, de uma forma tão cativante (de verdade) !
ResponderExcluirEssa campanha é maravilhosa e David Levithan é um escritor fantástico, tanto ele, como seus livros e a campanha, têm todo o meu apoio e respeito.
Já sofri preconceito racial, então, sei o quanto isso é doloroso e complicado, não desejo isso a ninguém (é estranho e triste pensar que mesmo estando no século XXI, ainda podemos ver tantas pessoas com pensamentos arcaicos).
A literatura, desde que surgiu, tem como objetivo a quebra de tabus, foi assim quando tentaram inserir o sertanejo, o cidadão pobre, no romantismo e é assim agora, quando inserem pessoas com características outrora vistas com preconceito. Quando as pessoas pararem de olhar apenas o que lhes apetece e julgar como correto apenas o que faz parte de seu "círculo social', não mais será necessário debates ou espanto com temas ditos polêmicos, caberá a nós, leitores, apenas nos maravilharmos com a leitura e nos encantarmos com essas histórias.
Ps.: Sua foto ficou muito meiga =) !
Olá, tudo bom?
ResponderExcluirAdorei o incentivo da editora, super bacana mesmo, pois hoje em dia se há muito preconceito sobre homossexualismo, porém cada um escolhe a sua sexualidade não é mesmo, espero que essa campanha possa abrir os olhos de muitas pessoas, adorei a sua fota.
Beijos *-*