Assisti e recomendo: Reign

     Olá! Tudo bem com vocês? Hoje venho falar sobre uma série pela qual eu não me interessei muito no começo, mas que ao assistir realmente - pelo menos até determinado número de episódios (preciso terminar, falta tão pouco!) - me cativou. Então, libere sua mente, e se prepare para conhecer uma série que é muito mais que histórica.

        Reign é baseada na história real, da Rainha da Escócia, Mary Stuart. Não cheguei a pesquisar sobre a história real, então vou me limitar a falar só da série. Mary tem o título desde cedo, e foi prometida ao príncipe da França também desde criança. Só que eles não se gostavam muito... Quando a Escócia se vê ameaçada, com mais e mais atentados da Inglaterra, Mary parte para a França, buscando auxílio do país e acabando por conhecer melhor seu prometido, já visando um casamento que poderia reforçar a Escócia. E então, eles passam a se conhecer melhor. A série vai retratando não só a questão política envolvida, mas os sentimentos dos personagens e os interesses de cada um, além de ter uma pitada sobrenatural, um pouquinho mais sombria, em algumas partes.

          Algo interessante sobre o que refleti há um tempo é o sentido da história. Vocês sabem que estou no último ano. Quando era mais nova, gostava e não gostava tanto de história. O que eu via eram fatos, dados, coisas que eu precisava decorar. Acredito que muita gente que ainda não tenha contato com livros, filmes ou artes históricas, veja a história assim: algo da escola que você precisa decorar. Esquecemos que tudo aquilo envolveu seres humanos como nós e outros que devido a títulos e a feitos ficaram nos nossos livros e registros. O que quero dizer é que quando vemos algo de outros tempos, não estamos presenciando fatos chatos, estamos presenciando legados, sentimentos, histórias de amor, sofrimentos, personalidades. Artes históricas nos permitem ver isso. Reign é uma delas. Claro que não tem tanta verossimilhança. As roupas são sempre lindas, as condições de vida parecem as de hoje, os diálogos e as músicas também parecem atuais... mas o clima histórico está lá. 

         Além da política: Escócia se aliando à França para se proteger, casa ou não casa da Mary e do príncipe, há mais. Há a amizade ou simples serviço dela com as damas. O fato de que ela precisa aceitar a frieza inicial do príncipe por ela, a paixão dele e depois as mudanças de humor, tendo que pensar não só nos sentimentos, mas no bem do seu povo. Tem o irmão bastardo do príncipe, também - o moreno da imagem do post -, de quem eu gostei mais desde início, mas parei de torcer a favor depois. Bom, admito que essa série me deixou confusa. Odiei o príncipe a princípio, e torci para que Mary se tornasse amante do irmão dele - certo, confessando altos sentimentos impuros a essa hora -, porque o príncipe não dava a mínima para ela, e deixou claro no início que teria outras. Odiei esse machismo característico da época, que é real, mas não deixa de incomodar. Claro que eu queria um romance fofinho, poxa! E então, eles começam a gostar mais um do outro, ele para de canalhice, ela fica melhor... e depois, bum! Voltam problemas que me fazem torcer contra o casal de novo. 

      Além disso, ainda há fatores contra eles. Há uma profecia que diz que Mary causaria a morte do príncipe, por isso, a rainha da França começa a tentar tirá-la do caminho, para evitar a morte do filho. Junto da Inglaterra, isso tudo rende boas conspirações. Além de um povo da floresta que faz sacrifícios humanos, ainda temos um fantasma no castelo, que apesar de ajudar Mary, me dá arrepios - por enquanto. Resumindo: diversos acontecimentos, tudo entremeado por história e romance, com uma pitada política na medida certa, que nos faz pensar sem ficar chato ou repetitivo. Um suposto triângulo amoroso difícil (ela não chega a ficar entre os dois, ou ela está mais envolvida com um, ou com outro, ou um se afasta... é, é confuso), pois não consigo ver qual seria a melhor opção para nenhum deles, já que tudo envolve complicações. Personagens com defeitos verossímeis. Toque sobrenatural. Uma série ótima para assistir quando bater aquela nostalgia de coisas históricas com arzinho cinematográfico, música contemporânea e romance. Tudo na medida certa, sem focar demais só no núcleo central, contando a história das damas também. Por isso tudo, assisti e recomendo.

Assista ao trailer!