As emoções de passar para o colégio dos seus sonhos

  

  Hoje quero dividir com vocês as emoções que senti ao passar em concursos para colégios do Ensino Médio.

 Como me preparei?

  Estudei a partir da metade do ano, sendo que as provas que fiz (foram só duas) aconteceram a partir de outubro. Minha rotina semanal era ir para a explicadora - já que não podia fazer um cursinho, entrei para a explicadora para tirar minhas dúvidas a respeito das apostilas que comprei na banca de jornal -, ir a escola (Municipal), voltar para casa, descansar e estudar mais um pouco. Claro que em alguns dias eu furava algumas coisas, mas sempre levei o compromisso a sério. Nos finais de semana, eu também estudava. Não todos, é claro. Principalmente no início, eu saía mais. Mas já aviso, quando as provas se aproximam, é melhor não dar bobeira, estude!

  Ufa! Foi bem cansativo sim. E devo confessar, no início, por mais que você coloque na cabeça que tem que estudar, aos poucos você vai enrolando (eu fui assim). No início da minha apostila, tem um texto que compara a preparação para concurso, com a natação para crianças. Um dia entramos na piscina, acompanhados. Depois de um tempo nos aventuramos receosos sozinhos. Até que tentamos, tentamos... Um dia aprendemos a nadar e depois colocamos em prática por aí, colhendo os frutos do nosso esforço.

  Explicador, cursinho, professor, mãe, pai seja lá o que for, não faz milagre! Para passar só depende de você, dos seus esforços. Quando me preparava via pais investindo na educação dos filhos para que passassem bem, mas quando a pessoa não quer se esforçar, não adianta, é jogar dinheiro fora. O aluno pode ter as melhores informações, mas se não tentar aprendê-las, não adianta. A não ser que ele seja aquele tipo de pessoa que "não estuda, mas vai bem", quase não acredito nisso, acho que pelo menos num momento, a pessoa tem que estudar para ir realmente bem. E na maioria das vezes em que as pessoas dizem isso, acredite, não é verdade. 

  No dia da prova

  Depois de todo o esforço e preparação, as provas finalmente chegaram. Minha primeira, foi de matemática. Do lado de fora, fiquei super nervosa, mas até que quando sentei, consegui me acalmar e fazer tudo do jeito que achava que deveria fazer. Ao sair, claro, o que é óbvio sentir é a ansiedade pelo resultado. Quando saiu, fiquei muito feliz, passei para a segunda fase com boa colocação. Na segunda prova, o nervosismo não foi tão intenso. Português... Que prova fácil! O que puxou foi a redação, porém consegui bom resultado.

   Minha terceira prova foi para um colégio técnico. E foi bem mais fácil. O nível de raciocínio exigido era bem menor, o que caia era mais matéria pura mesmo, e claro, redação. Também fui bem, quando saí, me senti segura, menos nervosa que nas outras. 

  O apoio da família e dos amigos é fundamental. Sou muito grata a todos que me apoiaram, principalmente ao meu namorido, que além de ficar me esperando estudar quase todo final de semana, me acompanhou em todas as provas. Além disso, a minha família apoiou como sempre apoiou, nada de cobranças, pois eu já estudava por conta própria, mas estímulos como elogios e preocupação. E claro, os professores do meu colégio que me ajudaram, a minha explicadora, meu primo, todos tiveram uma parte importante no processo. Obrigada a todos.

Resultado  

  Quando finalmente peguei o resultado da minha primeira opção, não sabia ainda minha classificação, mas fiz uma pré-média, para saber se passaria, e pelas minhas contas, ficaria na primeira chamada. Ainda assim, sabe aquela insegurança? Aquilo de quero esperar e não sei o que pode acontecer? Então... O sentimento foi este, com muita ansiedade e expectativa. Eu ainda ia fazer mais uma prova no final do ano, que seria minha terceira opção, mas...

 Passei nas duas! E o colégio que teve as primeiras provas foi minha prioridade. Não que eu o considere melhor que o outro, penso que cada lugar é melhor para cada pessoa. Para a vida que quero seguir, a primeira opção se enquadrou melhor. E depois de estudar um ano lá, digo com toda certeza que fiz minha melhor escolha.

Férias

  Finalmente o tão esperado descanso. Fiquei três meses em casa, porque o colégio que escolhi fez greve no ano anterior, e as aulas só começariam em março. Tédio! Minhas amigas começaram a estudar mais cedo, e como eu não conhecia ninguém da minha atual segunda casa, fiquei sem ideias depois de ver vários filmes e séries e livros... Até que criei meu primeiro blog, que só recebia postagens quando eu recebia o santo da inspiração. Passei os dias... Relaxei... Fiquei entediada... Até que chegou a época de comprar meu material. Sempre amei essas coisas, apesar de este ano não ter ligado muito. Comprei, olhei para ele mais de mil vezes até que...

Aulas

  As aulas começaram. Que emoção... Desde o ônibus eu não fazia ideia do que esperar além da excelente qualidade de ensino. E as pessoas? Será que eu encontraria bons amigos? Será que só tinha gente inteligente? O ônibus que eu peguei estava cheio de gente com o lindo uniforme do meu colégio (orgulho), e já dá para imaginar como me senti, não é?Extremamente ansiosa por conhecer aquelas pessoas. Cada passo que eu dava era cheio de emoção, até receber o trote foi incrível para mim. Foi uma espécie de comemoração, que queria dizer: "Passei! Faço parte disso agora!". Mas claro, meu trote foi só pintura, sem sujar o uniforme, obviamente. Na sala, a princípio, ninguém falava nada... Conheci algumas pessoas e pouco a pouco tudo se encaixou. Se tinha só gente legal? Claro que não, nem todo mundo é perfeito. Mas as pessoas que encontrei que correspondem à descrição de legais, são quase perfeitas. Ou seja, me fascinei pelo ensino, pelo ambiente, pelos professores, pelas amizades e pelas lições de vida que aprendi. Engraçado como alguns acontecimentos inesperados nos melhoram e aperfeiçoam. Realmente, a vida sabe o que faz.