25 outubro 2013

Resenha: Aprendendo a conviver com quem se ama - Parte I







Autor: Neale Donald Walsch

Editora: Sextante

Sinopse: Neste livro, o autor transcreve de forma simples e envolvente um bate-papo com cerca de quarenta pessoas sobre os diversos aspectos do relacionamento humano

Assunto: Vida e amor... Para alguns auto-ajuda, para mim, reflexão e aprendizado.













"Os relacionamentos são a experiência mais importante de nossa vida. Nós nos relacionamos o tempo inteiro com a família, com os amigos, com o trabalho e com nós mesmos. Nada nos dá tanta alegria quanto conviver com quem amamos. Mas também não há nada tão complicado e doloroso,  Mesmo pessoas confiantes e competentes são diariamente confrontadas com a dificuldade de relacionar-se até com seus entes mais queridos, Diante dos problemas, sofremos, ficamos nervosos, infelizes e desorientados. Para nos ajudar a construir relações mais sólidas e harmoniosas, Neale Donald Walsch compartilha suas experiências conosco e mostra como nossas atitudes influenciam a vida daqueles que estão ao nosso lado.  Neste livro, o autor transcreve de forma simples e envolvente um bate-papo com cerca de quarenta pessoas sobre diversos aspectos dos relacionamentos humanos, expondo suas ideias e abordando temas como amor, amizade, casamento, compromisso e felicidade."






  Um livro que traz paz e compreensão através da reflexão. Não concordei com tudo o que o autor disse, porém a leitura me fez refletir a respeito de muitas coisas e me ajudou bastante a amadurecer. Como deve ter dado para perceber, adoro o amor, e penso que ele é a base para a felicidade. O amor romântico, o amor à família, aos amigos, ao próximo, a si mesmo... O amor. E neste livro o que encontramos é uma bela conversa sobre o amor. Como quem acompanha os blogs sabe, eu adoro refletir e aprender mais e mais com a vida. Então claro que uma conversa com tal tema desperta a minha simpatia. Infelizmente, não estou acostumada a fazer resenhas de livros deste tipo, mas tentarei dividir com vocês minhas impressões sobre este.

  Como foi dito acima, tudo é uma conversa com cerca de quarenta pessoas, que dividem com Neale acontecimentos de sua vida e pedem conselhos. Mas não pensem que é só isso. Ele fala bastante, contando suas experiências com o amor, e de certa forma, dialogando sobre os problemas que as pessoas encontram nele geralmente. Uma das coisas que o autor confessa e que percebemos muitas pessoas fazendo é começar um relacionamento pensando no que se pode tirar dele. Isso não quer dizer que as pessoas têm o pensamento explícito em sua mente, mas sim, que no final das contas, elas esperam tirar algo do relacionamento. Ou seja, não se começa por amor, mas sim por precisar de algo da outra pessoa, sempre querer algo. Assim, os relacionamentos acabavam quando a pessoa não tinha o que queria. E claro, outros eram começados rapidamente e terminados pouco depois. Tudo num ciclo vicioso. O autor completa com aquela história de esperar que a sua felicidade venha do outro. Ou seja, pensar que o objetivo do relacionamento é trazer felicidade vindo da outra pessoa somente e não de você, que a outra pessoa deve dar a você aquilo que você quer, e que pronto, é só isso, e vocês serão felizes para sempre. Mas não é isso que acontece na realidade, como bem sabemos. 

  Em sua busca pelo "par idealizado e perfeito, que traria a felicidade", o autor conta que abria mão de sua identidade para querer dar ao outro aquilo que a pessoa queria, para fazê-lo feliz. Então os relacionamentos que não tinham duração, a meu ver, já começavam errados, pois os sentimentos que tinham como base eram de egoísmo, pois o que as pessoas tinham em vista era uma troca para obter a própria felicidade. O amor verdadeiro não deve ser assim, o amor verdadeiro deve dar escolha ao outro, deve ter sinceridade e ser escolhido com cautela. A conclusão a que o autor chega e com a qual concordo e completo é a seguinte: as relações não devem ter como base ambições pessoais e egoístas, mas sim, obviamente, o amor, a caridade, a escolha de amar o outro, sem abrir mão de si mesmo. Se as pessoas não aceitam você como você é, deixe que vão. Outras pessoas melhores virão e encherão sua sala. Ou seja, sua felicidade não deve depender de outras pessoas, mas sim de você, que com sua autenticidade atrai cada vez mais relacionamentos verdadeiros.

  Outro ponto abordado que achei muito interessante é algo que parece óbvio, mas não parece algo que as pessoas geralmente parem para pensar a respeito. Por que nos relacionamos? Por que temos que conviver com outros seres humanos, em diversos ambientes e situações? De forma genial, com um lindo exemplo, o autor diz que precisamos dos relacionamentos e das situações para nos conhecermos e definirmos. Ou seja, só posso ver em mim, o que estou disposta a ver em vocês. Afinal, como vou reconhecer se estou sendo egoísta se nunca conheci ninguém egoísta? Como entender a definição, se não conheço situações ou relacionamentos com pessoas assim? Isto me lembrou aquilo que diz que nossos adversários são remédios, muitas vezes nos alertam para nossos defeitos quase como espelhos. Ao vermos certas características ruins refletidas neles, que já tivemos ou ainda temos, percebemos como é ruim. É como ver nossa casa do lado de fora e perceber o quanto está suja, e perceber o que devemos limpar para que se adeque à "vizinhança". Ou seja, o que temos que melhorar e aceitar para viver em sociedade.



  "Em primeiro lugar, vemos claramente o segredo que acabei de anunciar: que somente posso ver em mim o que vejo em vocês. Quando esse segredo é compreendido, essa se torna nossa principal função no relacionamento: olhar cada pessoa em profundidade, vendo nela o melhor que ela pode vir a ser, e ajudá-la a transformar esta visão em realidade, se ela desejar fazer isso. Então, o que os parceiros deveriam realizar um com o outro não seria tirar um do outro o que precisam para si, mas dar um ao outro o que cada um precisa para crescer e tornar-se plenamente o que pode ser. Permitir que as pessoas a quem estamos ligados se expressem e experimentem quem realmente são, porque vemos a importância vital disso. Sabemos que essa é, de fato, a razão de ser de todo relacionamento, sua própria razão de existir."

  Portanto,  os relacionamentos trazem aprendizado para as nossas vidas. Aprendemos com as pessoas, com as situações e crescemos cada vez mais. Penso que isto acontece tanto nos relacionamentos mais íntimos quanto nos menos íntimos, de pouca proximidade. Se pararmos para observar o mundo à nossa volta, vamos descobrir que o ser humano pode nos ensinar muito, mostrando suas capacidades de cometer as coisas mais belas e mais horríveis. E no âmbito dos relacionamentos mais íntimos, um pode ajudar ao outro a melhorar-se, dependendo da vontade de melhorar. Em ambos os casos, o grande mestre é o amor, que traz sabedoria e nos mostra a direção certa sobre como compreender as pessoas e prosseguir, diante de um mundo que a cada dia que passa nos assusta mais. Penso que um dos grandes segredos deste aprendizado, tanto em absorver conhecimento quanto em passar, é a paciência. A compreensão de que somos diferentes e pensamos diferente, e o respeito a isso. Infelizmente, respeito e amor, que são coisas tão básicas, têm faltado para muitas pessoas que vejo, tanto no meu convívio indireto, quanto no dia-a-dia. Porém, seguindo o que acabei de dizer, o que posso fazer é perdoar e compreendê-las, entendendo que somos imperfeitos e erramos. E de certa forma, agradecê-las, pois me ensinam a cada dia mais sobre o amor ao próximo, sobre o perdão e a paciência.





  Se interessou pelo livro? Então não deixe de acompanhar o Reflexão Literária e ver a segunda parte da resenha, onde falarei sobre o que o autor diz sobre a liberdade individual nos relacionamentos, sobre o sentimento de posse, um ponto que achei um pouco incoerente no livro, e mais lindas reflexões do autor.


OBS: Resenha feita por mim como postadora no blog Flor de Lis.
  
 Beijos açucarados






2 comentários:

  1. Primeira vez aqui Vivian, gostei muito de como você escreveu e me identifico bastante com seu pensamento. Parabéns pelo blog ta bem bacana. Vou ficar por aqui ler um pouco mais.

    Muita Luz par você e um abraço.

    ResponderExcluir
  2. Primeira vez aqui Vivian, gostei muito de como você escreveu e me identifico bastante com seu pensamento. Parabéns pelo blog ta bem bacana. Vou ficar por aqui ler um pouco mais.

    Muita Luz par você e um abraço.

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