Olá! Como vão vocês? Hoje teremos uma entrevista com o autor de Presságio - O Assassinato da Freira Nua, Leonardo Barros. Vamos conhecê-lo melhor?
1. Alguns autores, quando escrevem, se deixam levar pelas emoções que os personagens sentem. Como é para você escrever um suspense como Presságio – O assassinato da Freira Nua? O que sente ao escrevê-lo? Quais emoções te dominam?
Há vários tipos de escritor. Uns são mais sentimentais e introspectivos, outros são mais práticos e frios. Creio que consiga dosar as duas nuances na medida exata, deixando para o narrador uma distância necessária, e reservando para os personagens uma postura dramática, com gestos, expressões e falas proporcionais à sua alegria ou angústia. Durante os diálogos, que em meus livros são muito presentes, é impossível não se deixar levar pelos sentimentos do personagem, simplesmente porque há de se interpretar mentalmente o texto para que o diálogo seja convincente. Às vezes preciso de dias para escrever uma única cena, em outras escrevo inúmeras páginas em duas horas de trabalho.
2. De todos os livros que já escreveu, há algum de que goste mais?
Tenho carinho e admiração por todos os meus trabalhos, unicamente por saber que dei tudo de mim ao criá-los. No entanto, o PRESSÁGIO e O MANÍACO DO CIRCO são livros que se destacam, em meu ver, porque demandaram uma maior carga emocional, durante sua concepção. São também os livros que, segundo depoimentos, conseguem “mexer” mais com a mente dos leitores.
3. Em outras entrevistas, você revelou que está escrevendo um suspense sobrenatural. Tem previsão de quando ficará pronto?
Finalizei e registrei a nova obra em janeiro de 2013.
Devido ao cenário do livro ser outro país, e por ser ambientado num passado remoto, senti a necessidade de submeter o livro a uma revisão histórica. Mesmo não sendo um “romance histórico”, tive o cuidado de me aprofundar na pesquisa, para facilitar a imersão do leitor. O segundo passo foi submeter a obra a uma primeira revisão ortográfica, o que, devido ao corpo da obra, demorou noventa dias.
Estou fazendo a última leitura do livro e pretendo enviá-lo para a apreciação da editora nos próximos dias.
4. Já aconteceu algo louco com você relacionado à carreira de escritor? Como algum fã com atitude inesperada, perguntas sem bom senso ou qualquer coisa do tipo?
Personalidades públicas estão sempre sujeitas a esse tipo de abordagem. Meu primeiro romance, AMOR DE YONI, que foi lançado em 2009, tinha forte contextualização erótica, e creio que isso gerou um fenômeno no mínimo interessante. Algumas pessoas liam meu livro e me enviavam mensagens “indecorosas” por e-mail. Recebi até uma foto de uma bonita garota vestindo roupas íntimas e de um senhor de meia idade “sensualizando” à beira da piscina. Apesar de ter achado graça, em alguns momentos, me senti na obrigação de responder àquelas pessoas, com o máximo de cordialidade e deferência, explicando que o autor e o livro são entidades distintas, porque sei que, se isso aconteceu, é porque meu trabalho tocou essas pessoas.
5. Quais as piores e as melhores coisas que aconteceram em sua carreira de escritor?
Não me arrependo de nada que fiz, exceto de ter demorado tanto para enviar um original para uma grande editora. Perdi muito tempo e desperdicei muito esforço em publicações independentes.
6. Você se formou em medicina. Por que depois começou a escrever? Quando escolheu a faculdade já planejava ser escritor um dia? O que o levou ao seu caminho?
Sou médico, anestesiologista, e cumpro duas escalas de plantão, em um hospital geral e em uma maternidade. Divido meu tempo entre as duas atividades, e não me arrependo de ter feito medicina.
Ter uma profissão rentável me permitiu a tranquilidade e segurança para me dedicar à profissão de escritor.
Os primeiros anos da atividade autoral demandam paciência e investimento.
7. Sempre gosto de fazer essa pergunta aos escritores: como você vê o mundo?
Muito se fala a respeito da vida. De como vivê-la, para onde iremos depois de morrer...
Acredito que o mais importante da vida é ser feliz. Fazer o que gosta e se acompanhar de pessoas que façam você se sentir bem.
Não levar namoro “com a barriga”.
Não fazer “visita por educação”.
Não baixar a cabeça diante das críticas às suas escolhas pessoais.
Lembre-se de que a maioria das pessoas que criticam você, o fazem por não terem coragem de ser feliz.
8. Quais suas expectativas em relação ao futuro? Há algum projeto além do livro em construção já citado?
Sim, claro.
Já tenho o resumo e mais de cento e cinquenta páginas escritas de outro suspense fantástico.
Mas não é cedo demais para falar nisso?!
(Risos)
9. Por que em alguns de seus livros há esse "toque de sensualidade", como em Presságio, o dom de Alice e o assassinato que ela vê?
Por que não?
O desejo é tão natural quanto a fome, quanto o instinto de preservação ou o instinto gregário (vontade de fazer amigos ou estar entre os familiares). Nenhum desses outros instintos causa polêmica, quando é citado na literatura.
Isso não um bom motivo para refletir?
10. Participou do processo de criação da capa de Presságio?
Na verdade, a criação do projeto gráfico do PRESSÁGIO é responsabilidade da Letícia Teófilo.
Ela me pediu um resumo dos personagens e um resumo da trama, e se guiou por esses resumos para criar a atmosfera de mistério da capa.
Só vi o trabalho pronto, mas desde o primeiro momento me apaixonei pela capa do livro.
11. Já escreveu um livro de autoajuda. Pensa em escrever outro? E qual mensagem quis passar com ele?
Na verdade, o livro SAÚDE, BELEZA, PROSPERIDADE E RIQUEZA – A AUTOAJUDA QUE É UMA COMÉDIA é, na verdade, uma comédia que conta a história de três amigos que, desiludidos com seus fracassos, decidem mudar de vida e abrir um cabaré.
A confusão com os gêneros é advinda da má escolha do título.
A verdadeira mensagem do livro é que, às vezes, tem que se “chutar o balde”, para começar tudo de novo.
Não tenho intenção de escrever novas comédias, pois me decidi pelo suspense.
14. O que podemos esperar de Presságio?
Um livro alucinante da primeira à última página, com texto fluente e trama inteligente.
15. Pense em qualquer um dos seus livros, sem ser Presságio. Agora diga aos leitores quantos motivos quiser para que leiam o livro em que pensou.
O MANÍACO DO CIRCO é um thriller de arrepiar os cabelos. Conta a história de um serial killer que vê, na morte, uma missão divina. Os leitores desse livro relatam que é impossível não se deixar levar pela loucura do protagonista e por suas alucinações.
Adorei as respostas, Leonardo! Achei a parte das loucuras cômica. haha.. E estou ansiosa pelo próximo suspense!!
Confira a resenha de Presságio, com os demais detalhes aqui.
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Oi Vivian,
ResponderExcluirtudo bem?
Não conhecia esse autor e nem seus livros. mas fiquei interessada, pois gosto bastante do gênero de suspense. E pelas respostas do autor, já deu para perceber que escreve bem, pelo menos se expressa muito bem.
Parabéns pela entrevista e sucesso para o autor!!!!!
Tem sorteio lá no Cantinho, depois passa por lá e participa:
cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/2013/10/resenha-do-livro-o-eterno-menino.html
beijos.
Cila- Leitora Voraz
Escreve muito bem, sim. E é muito simpático!
ExcluirObrigada.
Beijos!