Autora: Eleonor Hertzog
Editora: Dracaena
Assunto: Ficção científica, um pouco de distopia, amor e diversão em famíliaSinopse: Disponível na Saraiva, Siciliano e Cia dos Livros. — Ninguém sabe exatamente quais são os critérios de seleção da Escola Avançada de Champ-Bleux, mas não há como discutir sua eficácia. Seus exames de ingresso não erram nunca! Entre milhares de candidatos de todos os pontos da Terra, apenas duzentos e cinquenta são escolhidos a cada semestre. E, num mundo onde ser cientista é o maior status que alguém pode desejar, a Escola Avançada de Champ-Bleux forma aqueles que são disputados a peso de ouro. Doris e Henry Melbourne são cientistas formados por Champ-Bleux. Aparentemente, são biólogos marinhos. Aparentemente, suas vidas se centram no Cisne, barco de pesquisas onde moram com os filhos. E, também aparentemente, são terráqueos... Seus filhos acreditam em todas essas aparências – ao menos por enquanto. Seguindo os passos dos pais, os jovens Melbourne fizeram os exames de ingresso para Champ-Bleux. Enquanto, cheios de expectativa, aguardam os resultados para saber se ao menos um deles entrou na Escola Avançada, veem-se envolvidos numa questão diplomática entre Terra e Tarilian, o único outro mundo habitado que os terráqueos conhecem. Inesperadamente, o futuro das relações entre os dois mundos vai ser decidido em um barco no meio do oceano! Mal sabem eles que isso é apenas o começo... Logo precisarão decidir pela Terra inteira!
O livro dos "aparentemente"
Leia a sinopse. Observe a inocente capa com desenho de golfinhos felizes e céu ensolarado. Veja que há um casal de biólogos marinhos que vive em seu barco de pesquisas e possui oito filhos (sendo Peggy adotada). Perceba por vários locais que a turma é animada e contagiante. Misture isso a viver em auto-mar com todos eles formando a tripulação. Pegue mais uma boa dose de amor familiar e altas brincadeiras entre todos eles. O que você vê em Cisne? Um livro que aparentemente vai te divertir? Com ares leves e contagiantes, que pode ser levado para um passeio de verão na praia? Então espere aí, acabamos de comprovar que não podemos julgar um livro pela capa, sinopse e poucos detalhes. Cisne é muito mais que um inocente livro de simpáticas 832 páginas. Esqueci de pedir para adicionar muitos segredos e um alto nível de criatividade à trama muito bem elaborada, criada por Eleonor Hertzog. E eu já disse que em Cisne a Terra possui relações com outro planeta? Muita informação de uma vez? Então vamos com calma, e pouco a pouco contarei a vocês minha viagem a bordo do veleiro solar da família Melbourne.
Explicando melhor o que eu já disse, a família Melbourne vive no veleiro solar Cisne, graças ao trabalho dos pais biólogos marinhos (aparentemente), Doris e Henry Melbourne (formados em Champ-Bleux), e a tripulação é justamente toda a família. E sim, com muito amor isso dá uma boa quantidade de diversão a bordo. Mas não posso esquecer de mencionar o detalhe de que são pessoas de personalidade incrível. - Reparou que eu disse pessoas? Isso porque os personagens são tão bem elaborados que parecem reais, e tudo o que você quer é fazer parte daquela família que se sai tão bem nesse mundo. - Tudo começa com a nossa tripulação chegando em Porto Alto, onde acontecem altas aventuras. Mas deixo destaque ao fato mencionado na sinopse, de que todos estão aflitos esperando para saber se passaram no teste para Champ-Bleux. E tudo começa desta forma, que como eu disse antes, é aparentemente muito inocente e não nos permite ver nem metade de tudo o que ainda vem pela frente.
Algo que também me chamou a atenção no início do livro foi a parte do "Era uma vez". Aí sim temos uma amostra pequena do que esperar, mas eu não havia conseguido entender até chegar ao final. Essa parte fala sobre a Terra. O que interpretei dessa mensagem cabe no pacote de como vemos o universo hoje. A humanidade é realmente presunçosa de pensar que só ela existe no universo inteiro e infinito. Vivemos nossas vidas distraídos, focados somente aqui, no nosso mundo e nos nossos assuntos. Mas o que será que existe neste universo? Em Cisne há outras vidas. E com o avanço científico e tecnológico, em um dia em que a Terra evoluiu, foi achado outro planeta, escondido atrás do Sol: Tarilian. No contexto de tempo em que se passa a história, os conflitos internos da Terra melhoraram. Ou seja, diga adeus às guerras. Ainda assim, ainda há aquela ponta de egoísmo e ganância na natureza humana. Uma dose alta de orgulho que se ofende com o avanço superior de Tarilian. E o que começa entre os dois mundos é uma competição para ver quem fica na frente. Não tão conflituosa quanto a Guerra Fria, mas digamos que há boas jogadas também e curiosidade de ambos para compreender os avanços um do outro. Para mim isso foi fantástico.
Falando melhor dos personagens, posso adiantar que há muitos. Não vou apresentar todos aqui, e vão ficar faltando alguns que são importantes também, pois não quero dar um certo spoiler falando deles. Então vou me focar na família e em pessoas que estão no barco junto dela. Depois falarei sobre esses personagens, talvez na reflexão ou na resenha do próximo exemplar: Linhagens. Mas já adianto que eles também são especiais, alguns até de extrema importância para o enredo. Voltando a falar da família, cito primeiramente meus personagens preferidos de Cisne: Henry e Peggy. Henry é o pai, super incrível. Sua personalidade é forte, e ele é o tipo de pessoa que faz aquilo que muitos não têm coragem de fazer. É amoroso e dedicado, e também muito engraçado. Sabe O Cara? É ele. Já Peggy é uma das filhotas, a que como eu disse é adotada, porém amada do mesmo modo. Nossa... Ela é simplesmente incrível, um exemplo a ser seguido. Tem o coração bom e uma língua afiada. É inteligente e sabe dar respostas que deixam as pessoas desconcertadas (como o Henry, só que de um jeito diferentemente incrível). É inacreditável, é maravilhosa. Só lendo para saber. Outro personagem do qual gostei muito foi Tim. Imagine o mais peste - como eles dizem - da família, é ele. Quando eu falei em brincadeiras entre eles, Tim tem que estar no meio. Ao meu ver foi quem mais animava e aprontava. Fora o fato de que ele tem uma mente super habilidosa... Falando nos outros filhos, são eles: Tom (gêmeo de Tim), Teo e Ted (gêmeos), Pam, Lis e Bobby. Todos muito legais, "filhos de ouro". Além deles há Jean, um repórter que acaba parando a bordo do Cisne. E mais três tarilianos, que chegam com o pé atrás, mas depois pelo menos dois melhoram.
Algo que captei muito do livro foram as "mensagens" super inteligentes, sobre situações e modos de agir. Ao falar com a Eleonor, ela disse que não teve a intenção de passar nenhuma mensagem, porém eu captei muito material para reflexão, e inclusive vou abordá-los melhor na minha reflexão aqui no blog (para quem não sabe é um texto onde falo sobre minhas reflexões sobre o livro). Falando superficialmente, os que mais me marcaram, posso falar sobre o discurso do "forte versus o fraco". Há mais de uma cena em que algumas pessoas agem com violência contra nossos personagens queridos, agem de forma mais que orgulhosa e muitas vezes ignorante, pois não há cabimento nem motivo para tal, outras por causa de ciúme, enfim. E eles não são daquele discurso errôneo que vemos hoje em dia de "olho por olho, dente por dente". Diferem muito da "natureza de Hume", que prega o homem como o animal do próprio homem, mas se aproximam de uma elevação que faz você desejar que todo o mundo seja assim. É simples: por que discutir? Por que revidar uma ofensa, entrando numa discussão que não leva ninguém a lugar nenhum e só arruma mais problemas? Em Cisne os personagens têm maturidade, jogo de cintura e sabem como lidar com "pessoas complexas" (leia-se encrenqueiros de plantão complicados). Achei isso fascinante e um ótimo exemplo, que deveria ser seguido por todos.
Também há um jogo que expõe a mídia que achei muito interessante. Em Cisne as empresas de notícia são anti-cientistas, e por isso distorcem tudo, fazendo com que ele se passem sempre por errados. Algo interessante a se pensar, colocando no nosso contexto atual. A mídia sempre vai passar aquilo que a favoreça, e com certeza há distorção das coisas. Muitas distorções... Falando na Terra em Cisne e na nossa, comparando as duas, também sentimos o peso da diferença. Há o quesito de que no livro a Terra é mais "madura". Como eu disse antes, sem guerras. E os que vêm de fora dela ficam horrorizados com seu passado de guerras e etc. O que eu senti como uma crítica, que deixaria Cisne "distópico", mostrando como nosso mundo é errado, quão horrível é a humanidade se destruir, o quão repudiante tudo isso é. E me deixa a questão de: será que um dia tudo isso vai parar? Um dia as coisas melhorarão tanto como acontece em Cisne?
Além disso há situações cotidianas divertidas, que expõem a natureza das pessoas. Não foi intencional, mas os personagens são tão reais que parece. Parece que eles vivem, se confundem com o vizinho inconveniente, com a menina fútil, com os que pensam que sabem tudo, com os que se acham superiores. E fica tão claro como tudo isso é tosco, que parece ser uma chamada, de certa forma. Inclusive, esses exemplos recebem suas chamadas dos personagens, o que torna tudo mais interessante. Falando em personagens atuando, a escrita flui fácil e acompanhamos o narrador perto de um personagem por vez, alternando e mostrando o que é necessário saber. Tudo flui fácil, mas ao mesmo tempo há uma enorme complexidade no novo universo criado por Eleonor. O que dificulta tudo é o fato de que os personagens mentem, e muito. Há vários segredos guardados dos quais alguns nem desconfiam, e por isso, esse é o livro dos "aparentemente". Entre mil e um segredos, sutis momentos que servem para refletir, inúmeros momentos divertidos, esse é Cisne. Você se pegará rindo, aprendendo, se divertindo e sonhando alto, tão alto quanto o universo permitir. Verá as lições de compreensão, amor e perdão, sentirá que a ofensa pega de verdade quando a consciência é pesada, terá mantras para "lutar" pela vida, perceberá que precisamos de amor, que precisamos refletir e questionar, descobrindo as coisas por nós mesmos. E isso não tem preço.
Mil e uma maravilhas, sim, mas só tenho uma pequena queixa a fazer. Em alguns momentos a leitura ficou cansativa para mim. E senti que há conteúdo que poderia ser "enxugado", mas ao mesmo tempo não deveria, sabe? Sou da teoria de que um livro é o que é, se perde algo, perde um pedaço de si mesmo, e isso não pode acontecer. Mas para mim esse pequeno incomodo marcou minha leitura em alguns momentos. Talvez ele aconteça porque as coisas acontecem bem devagar, e nem na metade havia sido revelado o açúcar da história. E isso não quer dizer que todos tenham essa reação. Para uns pode ser fantástico, porque se passa mais tempo com os personagens, se tem mais daquele universo, e para outros pode ser bom, mas pode cansar um pouco. Para mim foi assim, encontrei mil e uma maravilhas, porém alguns momentos ficaram cansativos. Espero ansiosamente pela continuação, Linhagens, e creio que nela haverá muita correria. Se for assim, a leitura fluirá melhor, com certeza. Segundo Eleonor, a correria será tanta que Doris e Henry não terão tempo nem de namorar.
Explicando melhor o que eu já disse, a família Melbourne vive no veleiro solar Cisne, graças ao trabalho dos pais biólogos marinhos (aparentemente), Doris e Henry Melbourne (formados em Champ-Bleux), e a tripulação é justamente toda a família. E sim, com muito amor isso dá uma boa quantidade de diversão a bordo. Mas não posso esquecer de mencionar o detalhe de que são pessoas de personalidade incrível. - Reparou que eu disse pessoas? Isso porque os personagens são tão bem elaborados que parecem reais, e tudo o que você quer é fazer parte daquela família que se sai tão bem nesse mundo. - Tudo começa com a nossa tripulação chegando em Porto Alto, onde acontecem altas aventuras. Mas deixo destaque ao fato mencionado na sinopse, de que todos estão aflitos esperando para saber se passaram no teste para Champ-Bleux. E tudo começa desta forma, que como eu disse antes, é aparentemente muito inocente e não nos permite ver nem metade de tudo o que ainda vem pela frente.
Algo que também me chamou a atenção no início do livro foi a parte do "Era uma vez". Aí sim temos uma amostra pequena do que esperar, mas eu não havia conseguido entender até chegar ao final. Essa parte fala sobre a Terra. O que interpretei dessa mensagem cabe no pacote de como vemos o universo hoje. A humanidade é realmente presunçosa de pensar que só ela existe no universo inteiro e infinito. Vivemos nossas vidas distraídos, focados somente aqui, no nosso mundo e nos nossos assuntos. Mas o que será que existe neste universo? Em Cisne há outras vidas. E com o avanço científico e tecnológico, em um dia em que a Terra evoluiu, foi achado outro planeta, escondido atrás do Sol: Tarilian. No contexto de tempo em que se passa a história, os conflitos internos da Terra melhoraram. Ou seja, diga adeus às guerras. Ainda assim, ainda há aquela ponta de egoísmo e ganância na natureza humana. Uma dose alta de orgulho que se ofende com o avanço superior de Tarilian. E o que começa entre os dois mundos é uma competição para ver quem fica na frente. Não tão conflituosa quanto a Guerra Fria, mas digamos que há boas jogadas também e curiosidade de ambos para compreender os avanços um do outro. Para mim isso foi fantástico.
Falando melhor dos personagens, posso adiantar que há muitos. Não vou apresentar todos aqui, e vão ficar faltando alguns que são importantes também, pois não quero dar um certo spoiler falando deles. Então vou me focar na família e em pessoas que estão no barco junto dela. Depois falarei sobre esses personagens, talvez na reflexão ou na resenha do próximo exemplar: Linhagens. Mas já adianto que eles também são especiais, alguns até de extrema importância para o enredo. Voltando a falar da família, cito primeiramente meus personagens preferidos de Cisne: Henry e Peggy. Henry é o pai, super incrível. Sua personalidade é forte, e ele é o tipo de pessoa que faz aquilo que muitos não têm coragem de fazer. É amoroso e dedicado, e também muito engraçado. Sabe O Cara? É ele. Já Peggy é uma das filhotas, a que como eu disse é adotada, porém amada do mesmo modo. Nossa... Ela é simplesmente incrível, um exemplo a ser seguido. Tem o coração bom e uma língua afiada. É inteligente e sabe dar respostas que deixam as pessoas desconcertadas (como o Henry, só que de um jeito diferentemente incrível). É inacreditável, é maravilhosa. Só lendo para saber. Outro personagem do qual gostei muito foi Tim. Imagine o mais peste - como eles dizem - da família, é ele. Quando eu falei em brincadeiras entre eles, Tim tem que estar no meio. Ao meu ver foi quem mais animava e aprontava. Fora o fato de que ele tem uma mente super habilidosa... Falando nos outros filhos, são eles: Tom (gêmeo de Tim), Teo e Ted (gêmeos), Pam, Lis e Bobby. Todos muito legais, "filhos de ouro". Além deles há Jean, um repórter que acaba parando a bordo do Cisne. E mais três tarilianos, que chegam com o pé atrás, mas depois pelo menos dois melhoram.
Algo que captei muito do livro foram as "mensagens" super inteligentes, sobre situações e modos de agir. Ao falar com a Eleonor, ela disse que não teve a intenção de passar nenhuma mensagem, porém eu captei muito material para reflexão, e inclusive vou abordá-los melhor na minha reflexão aqui no blog (para quem não sabe é um texto onde falo sobre minhas reflexões sobre o livro). Falando superficialmente, os que mais me marcaram, posso falar sobre o discurso do "forte versus o fraco". Há mais de uma cena em que algumas pessoas agem com violência contra nossos personagens queridos, agem de forma mais que orgulhosa e muitas vezes ignorante, pois não há cabimento nem motivo para tal, outras por causa de ciúme, enfim. E eles não são daquele discurso errôneo que vemos hoje em dia de "olho por olho, dente por dente". Diferem muito da "natureza de Hume", que prega o homem como o animal do próprio homem, mas se aproximam de uma elevação que faz você desejar que todo o mundo seja assim. É simples: por que discutir? Por que revidar uma ofensa, entrando numa discussão que não leva ninguém a lugar nenhum e só arruma mais problemas? Em Cisne os personagens têm maturidade, jogo de cintura e sabem como lidar com "pessoas complexas" (leia-se encrenqueiros de plantão complicados). Achei isso fascinante e um ótimo exemplo, que deveria ser seguido por todos.
Também há um jogo que expõe a mídia que achei muito interessante. Em Cisne as empresas de notícia são anti-cientistas, e por isso distorcem tudo, fazendo com que ele se passem sempre por errados. Algo interessante a se pensar, colocando no nosso contexto atual. A mídia sempre vai passar aquilo que a favoreça, e com certeza há distorção das coisas. Muitas distorções... Falando na Terra em Cisne e na nossa, comparando as duas, também sentimos o peso da diferença. Há o quesito de que no livro a Terra é mais "madura". Como eu disse antes, sem guerras. E os que vêm de fora dela ficam horrorizados com seu passado de guerras e etc. O que eu senti como uma crítica, que deixaria Cisne "distópico", mostrando como nosso mundo é errado, quão horrível é a humanidade se destruir, o quão repudiante tudo isso é. E me deixa a questão de: será que um dia tudo isso vai parar? Um dia as coisas melhorarão tanto como acontece em Cisne?
Além disso há situações cotidianas divertidas, que expõem a natureza das pessoas. Não foi intencional, mas os personagens são tão reais que parece. Parece que eles vivem, se confundem com o vizinho inconveniente, com a menina fútil, com os que pensam que sabem tudo, com os que se acham superiores. E fica tão claro como tudo isso é tosco, que parece ser uma chamada, de certa forma. Inclusive, esses exemplos recebem suas chamadas dos personagens, o que torna tudo mais interessante. Falando em personagens atuando, a escrita flui fácil e acompanhamos o narrador perto de um personagem por vez, alternando e mostrando o que é necessário saber. Tudo flui fácil, mas ao mesmo tempo há uma enorme complexidade no novo universo criado por Eleonor. O que dificulta tudo é o fato de que os personagens mentem, e muito. Há vários segredos guardados dos quais alguns nem desconfiam, e por isso, esse é o livro dos "aparentemente". Entre mil e um segredos, sutis momentos que servem para refletir, inúmeros momentos divertidos, esse é Cisne. Você se pegará rindo, aprendendo, se divertindo e sonhando alto, tão alto quanto o universo permitir. Verá as lições de compreensão, amor e perdão, sentirá que a ofensa pega de verdade quando a consciência é pesada, terá mantras para "lutar" pela vida, perceberá que precisamos de amor, que precisamos refletir e questionar, descobrindo as coisas por nós mesmos. E isso não tem preço.
Mil e uma maravilhas, sim, mas só tenho uma pequena queixa a fazer. Em alguns momentos a leitura ficou cansativa para mim. E senti que há conteúdo que poderia ser "enxugado", mas ao mesmo tempo não deveria, sabe? Sou da teoria de que um livro é o que é, se perde algo, perde um pedaço de si mesmo, e isso não pode acontecer. Mas para mim esse pequeno incomodo marcou minha leitura em alguns momentos. Talvez ele aconteça porque as coisas acontecem bem devagar, e nem na metade havia sido revelado o açúcar da história. E isso não quer dizer que todos tenham essa reação. Para uns pode ser fantástico, porque se passa mais tempo com os personagens, se tem mais daquele universo, e para outros pode ser bom, mas pode cansar um pouco. Para mim foi assim, encontrei mil e uma maravilhas, porém alguns momentos ficaram cansativos. Espero ansiosamente pela continuação, Linhagens, e creio que nela haverá muita correria. Se for assim, a leitura fluirá melhor, com certeza. Segundo Eleonor, a correria será tanta que Doris e Henry não terão tempo nem de namorar.
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Espero que tenham gostado e que se aventurem nesta viagem marítima e pelo universo de Cisne.
Deixo meus inúmeros agradecimentos à autora pela confiança e atenção. E friso que é maravilhoso poder conhecer alguém com uma visão tão incrível, capaz de criar um universo tão completo quanto Cisne. É um grande prazer para mim fazer parte disso.
E também aproveito o dia de hoje para deixar parabéns a todos os escritores. E meu agradecimento por criarem esses mundos incríveis para todos nós.
Olá Vivian,tudo bem?
ResponderExcluirQuando vi a resenha não pude deixar de dar uma "espiada" rsrs.
A Eleonor e seu livro Cisne é muito falado e me parece bom.
Comecei a leitura e estou gostando,pelo menos ainda não cheguei a parte do açúcar ainda,as apresentações dos personagens (que são muitos)acho que é preciso não sei vou saber mais para frente da leitura.
Quando comecei com Era uma vez...também me surpreendi e já gostei.
Não sei mas espero que seja mais uma "viajem" emocionante para mim ^^.
Depois de sua reflexão vou olhar a leitura com outros olhos.
Quanto ao que a Eleonor fofíssima disse,acho que o próprio escritor coloca as emoções sem perceber rsrs.
haha ela acabou divulgando uma coisa ein rsrs Henry e Doris? nossa babado.
Sua resenha/reflexão ficou ótima,fantástica.
bjus flor!
Tamires C.
http://de-tudo-e-um-pouco.blogspot.com.br/
Obrigada.
ExcluirBeijos :)
Oi Vivian, fico muito feliz que você também tenha percebido além da inocência de Cisne. Ele não é um livro somente de aventuras, mas sim uma grande história sobre a Terra. Claro que um pouco de fantasia, e todo o universo criado pela autora são uma primazia, mas a reflexão que ele traz, de um universo inteiro e infinito a ser desbravado, e o cuidado que devemos ter com nossa "casa" é essencial.
ResponderExcluirSua resenha ficou muito boa, adoro ler quando vejo que a pessoa conseguiu entrar no espírito do livro. Isso de você citar que os Melbourne também mantém uma posição correta frente às situações e pessoas também é muito legal, acho que não destaquei isso! Parabéns, mesmo!
Beijão
Endless Poem
ps: tá rolando um projeto lá no blog, seria muito bacana se você participasse!
Muito obrigada!! Também adorei sua resenha.
ExcluirBeijão. ;)
Oi Vivian, tenho o livro e ainda não li, pois vim viver em Cusco para escrever meu segundo livro. Bem, mas um dia retornarei ao Brasil e ele está la na minha estante me esperando com muuuuuuuuuuuuuitos outros. hehehe
ResponderExcluirBeijos
Leia sim, é ótimo.
ExcluirBeijos.