- Livro cedido em parceria com a editora -
Feminismo e subversão da identidade
Autora: Judith ButlerEditora: Civilicação Brasileira - Grupo Editorial RecordAssunto/ Categoria: Feminismo, Teoria Feminista, Papel Sexual, Sexo - Diferenças (psicologia).Páginas: 287Sinopse: Judith Butler propõe observar, de maneira geral, o modo como as fábulas de gênero estabelecem e fazem circular sua denominação considerada por ela como errônea de fatos naturais. Os textos estão reunidos de modo a facilitar uma convergência política das perspectivas feministas, gays e lésbicas sobre o gênero com a da teoria pós-estruturalista.
Vamos falar de gênero?
Antes de iniciar a resenha deste livro é indispensável frisar que a leitura dele pode ser complexa para algumas pessoas. A autora se expressa de forma bastante rebuscada, sua escrita é acadêmica. Quando quis ler o livro não imaginava que fosse tanto. Na verdade, minha reação foi meio que "Você disse feminismo? To dentro!". Então é legal explicar para que quem ler esta resenha e se interessar pelo livro não venha a se decepcionar ou frustrar depois e reclamar da autora. E por outro lado também devo dizer que fazer esta resenha se torna um tanto complexo também por isso.
(Judith?)
Judith Butler é uma filósofa pós-estruturalista estadunidense, uma das principais teóricas da questão contemporânea do feminismo, teoria queer, filosofia política e ética. Também é autora de "Quadros de guerra: Quando a vida merece ser chorada?". O diferencial da autora fica por conta da sua análise de gênero não só social, mas também biológica. Ao longo do livro busca referências influentes para construir seu pensamento. Problematiza, questiona e cutuca a questão do gênero. O que faz do gênero feminino o gênero feminino? A mulher, mulher pelo gênero e não sexo? Para a autora, chegar perto de uma conclusão sobre isso é importante para o feminismo em si. A problematização encontrada em definir o gênero é um novo ponto de partida para a teorização política feminista.
Butler critica um dos principais fundamentos do movimento feminista: sua identidade. Para ela não haveria "a identidade da mulher", mas sim "as identidades". Por isso, para promover a eficácia do feminismo, que é a liberdade e igualdade da mulher, seria necessário antes de tudo subverter, derrubar, modificar, sua identidade. A autora também problematiza e debate acerca da questão do sexo. Ela discorda do modo de pensar dominante do feminismo, de que o sexo é da natureza e o gênero é construído socialmente. Para a autora o sexo também é uma construção social e cultural. Daí também resulta uma série de questionamentos sobre o modelo heterossexual, pregado pela sociedade.
Uma das coisas que mais gostei no livro foi a parte em que a autora fala sobre a identidade feminina e a linguagem. Como a língua usa de estruturas de poder para expressar algo que já existe na sociedade, que é o que o feminismo busca desconstruir. De forma geral, a leitura é complexa sim, e pode também dar a impressão de que você está estudando, e na verdade você estará, porque se forçará a pensar muito com a autora sobre todas essas questões. Assim como nas suas várias referências ao outros pensadores, que às vezes são bem esclarecidas para leigos ou não nas notas. Ainda assim vale a pena. Judith faz uma análise intrigante sobre a identidade no feminismo, de tal forma que ler este livro é se perder em meio a tantos pensamentos para no fundo chegar perto de se encontrar.
A edição da Civilização Brasileira ficou ótima, ao meu ver. A capa é de uma laranja forte, florescente, que transmite bem a ideia do livro. Te incomoda, te tira do seu lugar comum até você enxergar bem a imagem por trás da cor forte. E por dentro o livro traz o lado impecável de sempre do Grupo Editorial Record.
Vivian,gosto muito da escrita acadêmica,apesar de ser trabalhosa devido a sua complexidade.Gosto muito de filosofia,e a escritora sendo filosofa melhor ainda.Que bom que sua análise de gênero ,além de social é também biológica.Estou curiosa para ler e entender melhor sua crítica ao movimento feminista ou seja não havia ´´a identidade da mulher`` e sim ´´as identidades``.E também entender porque para ela sexo é uma construção social e cultural.Gosto de livros que além de nos fazer pensar,raciocinamos junto com a sua escrita tentando não só compreendê-las ,mas tirando deduções e conclusões.Que bom que notas no rodapé.Profundo se encontrar realmente...a cor da capa é forte.Gosto muito da diagramação do Grupo Editorial Record.Mil beijinhos!!!
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirConfesso que não li nada do gênero. Gosto muito de ler livros teóricos, mas geralmente são mais voltados para a história do mundo e do Brasil.
Fiquei muito interessada pelo tema, acho que vale a pena ler.
A capa pode ter tudo haver com o enredo, mas confesso que não gostei dela. Não é um livro que me interesse no momento.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Não gostei muito do enredo do livro e quando você sitou leitura rebuscada cai fora antes de terminar a resenha kkk Mas falando serio o livro não faz parte dos meus gêneros literários favoritos e por isso dispenso a leitura. Mas tenho uma amiga psicologa que ia gostar desse livro e vou indicar pra ela ^^
ResponderExcluirParece ser bem complexo! Eu assisti algumas aulas de sociologia e de psicologia sobre o que é gênero, como ele se diferencia do sexo, mas não é muito minha praia, apesar de ser um tema interessante e que está muito em evidência atualmente.
ResponderExcluirParece ser bem complexo! Eu assisti algumas aulas de sociologia e de psicologia sobre o que é gênero, como ele se diferencia do sexo, mas não é muito minha praia, apesar de ser um tema interessante e que está muito em evidência atualmente.
ResponderExcluirOii. Sei como é esse tipo de livro, com escrita rebuscada, li alguns assim na faculdade, mas o que importa é a reflexão que eles nos trazem e este em especial é muito interessante para mim, que busco compreender mais acerca do feminismo. Penso que a obra traz aspectos importantes para quem se interessa pelo tema e, apesar da linguagem mais complexa, acho uma leitura válida, pelo temática que aborda.
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