Resenha: Becky Bloom em Hollywood

Oi, gente! Tudo bem? A resenha de hoje é do último lançamento da famosa série da Becky Bloom. Vamos ver o que eu achei? :)

- Livro cedido em parceria com a editora -

Sétimo livro

Autora: Sophie Kinsella

Editora: Record - Grupo Editorial Record

Assunto/ Categoria: Chick-lit, Comédia, Hollywood, Leitura para relaxar.

Páginas: 560

Sinopse: Los Angeles, reduto das celebridades mais famosas do mundo, de estilo de vida enlouquecedor e perdulário, cenário perfeito para que Rebecca Brandon (ex-Bloom) possa realizar suas fantasias mais glamorosas. E é para lá que ela e a família vão quando seu marido Luke é contratado para cuidar da carreira da famosa atriz Sage Seymour - e para Becky isso é um sinal de que ela está destinada a ser produtora de moda da badaladíssima celebridade e, quem sabe, também das maiores estrelas de Hollywood. Mas, assim que chega a LA, Becky descobre que sua rotina não será apenas de luxo e glamour. Alicia, uma rival do passado, também está na cidade. E o pior, é a queridinha das mães da concorridíssima pré-escola de Minnie. E o sonho de cuidar do look de Sage parece mais difícil do que ela imaginava. Até porque Luke vive adiando apresentar as duas. Então, por uma manobra do destino, Becky tem a chance de produzir a arqui-inimiga da atriz, e isso pode trazer alguns probleminhas. Pré-estreias, vestidos de gala, muitos paparazzi à sua volta, aulas de ioga e infinitas compras na Rodeo Drive. Claro que isso não acontecerá sem muitas encrencas e confusões. Será que Becky está mesmo perto de conseguir tudo o que sempre sonhou?

Uma história para não se levar a sério!

Antes de tudo, uma pequena confissão: não li os livros anteriores. Não sei se isso influenciou o quanto gostei da leitura, talvez, mas a compreensão do enredo nem um pouco. Claro que antes de iniciar pesquisei sobre a série (já tinha visto o filme, que dizem ser bem diferente, há um tempo atrás). O que resultou dessa pesquisa e da leitura foi: Becky é uma personagem que não se pode levar a sério! Sabe aquele tipo de pessoa sem noção, louca por consumir principalmente roupas, que quando cisma com uma coisa, mesmo estando errada, persiste até o fim sem admitir o erro ou defeito e que sempre se mete em confusão? É ela! Por isso, para leitura séria ela está longe de ser recomendada, mas para relaxar e encontrar instantes de risadas, este pode ser o livro que você está procurando.

Neste sétimo livro, Becky e sua família se mudam temporariamente para Los Angeles, já que Luke tem um trabalho a realizar lá. A questão é que o trabalho do marido de Becky é orientar uma estrela de Hollywood, Sage Seymour. O que para ele é um suplício, para Becky é um sinal. Ela é fissurada nesse mundo das "estrelas" e aos poucos vai criando diversos delírios de que faz parte dele. Primeiro quer ser amiga de Sage e não mede esforços para isso. Depois, cisma que precisa ser produtora de moda da atriz e de outras estrelas de Hollywood. Assim ela seria famosa, teria seu espaço nesse mundo e realizaria seu mais novo sonho. Só que justamente por sua personalidade, ela viaja demais. Qualquer loucura pode ser sua "grande chance" de ser a tão famosa produtora.

Essas loucuras me incomodaram um pouco, porque não achei tanta graça disso tudo. Há, sim, situações engraçadas. O início é até mais tranquilo em relação a isso, mas da metade do livro em diante, Becky fica fissurada, ainda mais sem noção. Quando vemos, está sofrendo as consequências dos seus atos, só que do seu ponto de vista a culpa nunca é dela; os outros é que a fazem se sentir mal e não entendem seu sonho. Isso tudo me fez desanimar com o livro: futilidade, egoísmo, falta de amor e preocupação com aqueles que realmente importam, tudo isso em excesso, fez com que eu não encontrasse o humor da história. Fora a recuperação rápida. Ainda assim, desde o início tirei uma conclusão: Becky nos incentiva a não ligar para as loucuras que protagonizamos. Ela, com seu jeito de ser, ainda consegue ser carismática. Não sei qual é o feitiço que a autora coloca, mas ao ler, mesmo sendo totalmente diferente de Becky, o leitor gosta dela. Quando notei isso, interpretei que a história da personagem é um "elogio à loucura".

O que isso quer dizer? Que de um jeito simples, Becky nos encoraja a sermos mais nós mesmos, não ligando para "se eu agir assim fulano não vai gostar de mim", "se eu agir assado, vou me envergonhar". Mesmo com sua falta de noção, Becky tem uma característica muito importante: em nenhum momento, ela tem medo de ser ela mesma. Nós lemos e pensamos "Peraí! Essa mulher é doida! Olha como ela é viciada em comprar, em roupas... Olha como ela viaja e acha que tudo vem fácil!". Sem querer, nossa primeira atitude é reparar os defeitos dela, julgar. É como se Sophie dissesse "vou criar essa personagem imperfeita, que todos vão amar", e com isso nos desse vários tapas na cara. Porque na vida real, você "perdoaria" uma Becky por ela ser ela mesma? Esse livro nos ensina a não condenar uma pessoa e nos afastarmos sem conhecê-la, porque mesmo com seus defeitos, ela pode mostrar seu valor e ganhar nosso coração. Então, mesmo tendo me incomodado, darei uma chance aos livros que vêm antes deste. Aliás, Becky ainda consegue ser divertida.

3 Estrelas