21 abril 2015

Resenha: Síndrome Psíquica Grave




Autora: Alicia Thompson
Editora: Galera Record
Assunto/ Categoria: Romance, Comédia Romântica, New Adult, Psicologia, Universidade
Páginas: 336
Sinopse: A Paciente, Leigh Nolan (essa sou eu), começou seu primeiro ano na Universidade de Stiles. Ela decidiu se formar em psicologia (apesar de seus pais preferirem que ela estudasse tarô, não Manchas de Rorschach). A Paciente tem a tendência a analisar demais as coisas, especialmente quando isso envolve o sexo oposto. Exemplo: por que Andrew, seu namorado de mais de um ano, nunca a convida para passar a noite com ele e dar o próximo passo no relacionamento — leia-se transar? E por que ela passou a ter sonhos eróticos com Nathan, o colega de quarto de Andrew que tanto a odeia? Fatos agravantes incluem: outros alunos de psicologia supercompetitivos, uma professora que precisa urgentemente de análise e uma colegial que acha que a Paciente é, em uma palavra, ingênua.




Snap out of it


Faço minhas as palavras de Meg Cabot na capa. Enquanto lia inconscientemente ia moldando uma comédia romântica na minha mente. E não tem como não montar, porque é totalmente o que a história sugere. O fato de ter lido em casa com tranquilidade foi maravilhoso, porque pude gargalhar alto sem me preocupar que me achassem maluca. E gargalhei sim. Terminei o livro querendo abraçar Leigh, a protagonista, porque me identifiquei com ela em vários sentidos e quis sacudi-la para encarar outros que estavam na sua cara o tempo todo. Síndrome Psíquica Grave é exatamente este tipo de livro, que te emociona tanto que você termina amiga dos personagens. Mas mais que isso, te faz ver que refletir sobre a vida pode parecer loucura, mas é importante.




O livro poderia passar batido se não fosse justamente a protagonista, que cumpre realmente seu papel de contar sua história ao seu modo. Leigh é caloura de psicologia (vem cá, sua linda! ♥) e totalmente empolgada com os novos estudos, tenta aplicar tudo que aprende para se autoanalisar. Cada capitulo começa com um quadradinho onde há um conceito de psicologia que caberia à análise do que vai acontecer. E fora isso, há os comentários e análises hilárias de Leigh. Eu não me importei nem um pouco com essa parte. Conheço um pouco o assunto e o curso seria um que eu faria depois ou se o que realmente faço não existisse. Então não tive dificuldades de entender as referências que a protagonista faz, porque ela mesma as explica de certa forma. É mais interpretação do que conhecer realmente o assunto. E o jeito como é exposto faz com que seja um diferencial do livro, tornando-o ainda mais divertido e completando seu sentido: de refletir sobre a própria vida. Acredito que quem não pare para pensar sobre o que faz todos os dias não vive, apenas vaga.


Leigh é caloura que veio direto do Ensino Médio. Já deixou a maioria dos antigos contatos dessa época para trás, salvando ocasionalmente com uma mensagem no Facebook os que ainda mantém. E tem o namorado que estuda na mesma universidade que ela - ele cursa filosofia (outro curso que eu faria, só que evitaria totalmente tipos como ele na vida! haha...). A história começa e você vai achando estranha a relação que ela mantém. No início, quando ela falou sobre ele, consegui visualizar um ser humano minimamente fofo. Mas aí ela parou de mentir para si mesma e para nós e fica claro que ele é um babaca. Mesmo que ela demore muito para admitir. Fica óbvio que o relacionamento é mantido através da mentira que ela conta para si mesma e do medo de mudar tudo bruscamente e ficar sozinha. E a cada capítulo dá mais raiva de Andrew, o namorado egocêntrico que literalmente esquece de Leigh.


Leigh fica seriamente preocupada em analisar sua vida depois de responder às "Frases incompletas de Rotter". Suas respostas não a deixam satisfeita e a questão do namoro problemático é apontada por sua colega de quarto e amiga Amy (outra personagem diva - que estuda artes e é "a pessoa de artes e instalações"), porque em nenhuma das respostas lembrou de mencionar o namorado de um ano. O tempo passa e acompanhar a vida de Leigh fez com que eu me identificasse com muita coisa e risse alto com comentários que ela faz sobre um pouco de tudo. Fora as confusões em que se mete sem querer por não se expressar bem. Até que Nathan, colega de quarto de Andrew, começa a chamar a atenção dela, de forma inconsciente, e do leitor, de forma muito consciente. E não há falsa propaganda, aos poucos vemos que ele realmente é maravilhoso ♥. E daí é torcer, rir e suspirar, não necessariamente nesta ordem.

(Hey, Nathan!)


Ao terminar esta resenha, lembrei de uma música que é perfeita para o livro. Deixo o vídeo abaixo com a certeza de que vai ser replay a semana toda. A leitura, além de tudo que já foi destacado, faz com que o leitor pense na necessidade da mudança e da reflexão sobre a vida que a gera. De enxergar de verdade e reconhecer que não se sabe de nada quando se pensa que sabe de muito (essa vida de caloura e o quanto a gente cobra demais de si mesma...). Que pensar na vida, no que se quer para o futuro além da vida acadêmica e das responsabilidades, é muito importante. Que ser paciente quando possível e tentar entender é a melhor opção (principalmente quando te colocam como orientadora e tem outra aluna supercompetidora e aleatória trabalhando com você). O romance mesmo vem mais para o final, mas todo o livro acaricia o coração. Seja através do riso ou da identificação. E eu não poderia pedir mais nada.


5 Estrelas
Favorito ♥


"Under a spell you're hypnotized (ooh)
Darling how could you be so blind? (snap out of it)
Under a spell you're hypnotized (ooh)
Darling how could you be so blind?"



2 comentários:

  1. Não fazia ideia da existência do livro,mas fiquei encantada com o que li. Esse lance de nos fazer entrar literalmente dentro de nós e buscar respostas o tempo todo, é algo que me encanta sempre. Estes questionamentos que muitas vezes, passam despercebidos, seja pela correria ou simplesmente, porque se conhecer seja ainda algo assustador.
    Muitas vezes, as respostas estão ali, na nossa "fuca",mas fingir que não estão, é mais cômodo..rs
    Adorei a história e o livro está indo para a listinha de desejados!!!
    Beijo

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  2. Apesar de não gostar de livros como esse, esse livro me atraiu bastante! Ele me agradou por parece bem divertido e também por fazer os leitores refletirem sobre tal coisa da vida. Além disso, eu adorei essa ideia de colocar essas frases no livro, mostrado na imagem acima hahahah Adorei a resenha!

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