26 abril 2015

Pecaminoso: Como foi escrever, Blake e Isa no Divã e Cena Extra



O que vem a seguir é muito interessante, principalmente o segundo tópico. Fiquei sorrindo sozinha, boba, sabendo exatamente o que a Gisele sente. Os personagens ganham vida, e aí você reclama deles, apesar de tê-los criado, mas os ama de um modo que palavras não poderiam expressar. E o final da sequência de posts que me permitiu conhecer o livro e a autora me deixaram a certeza de que tudo foi escrito verdadeiramente com o coração. Fiquei com vontade de ler.



Como foi escrever Pecaminoso
- por Gisele Souza

Escrever esse livro foi como me libertar. Acho que todo autor passa por um bloqueio autoimposto que impede que se deixe fluir, isso aconteceu comigo no início da carreira. Tinha medo de escrever certas coisas, medo da reação dos leitores ao ler, mas Pecaminoso me libertou. Isabella e Blake fizeram parte disso, eles foram essenciais para meu amadurecimento na escrita. Eu escrevo sem medo de ser feliz, simplesmente deixo fluir. Mesmo que ainda tenha medo, sempre terei, e que muitos bloqueios criativos aconteçam, eu não prendo mais minha criatividade.
Criar Isabella foi maravilhoso, aprendi muito com ela através do seu desejo de liberdade, sensualidade. Contudo, mesmo sendo uma garota comum, quando se ama a si mesmo você pode ser quem você quiser.
No começo, Blake me irritou profundamente, mas no decorrer da história me apaixonei perdidamente pelo carrasco safado, como diz a Isa. Ele é um personagem intenso, arrebatador e inesquecível. Claro que sou suspeita pra falar, amo todos os personagens que crio, menos os vilões. (risos)


Blake e Isa no Divã.
- Uma conversa autora - personagens


Estava sentada com minha cadeira virada e o com o notebook ligado atrás de mim, com o cursor piscando, porque eu tinha trabalho a fazer. Porém, para testar minha paciência, esses dois tinham que me dar trabalho. Bem, eu os amava com todo meu coração, não era trabalho exatamente lidar com eles. Mas essas brigas eram tão constantes e, no final, eu sabia como terminaria. 
— Tudo bem, podem dizer o que os trouxeram aqui. Tenho que trabalhar... 
Isa revirou os olhos e olhou as unhas recém-pintadas. Blake estava com o tornozelo apoiado no joelho e me olhava atenciosamente, ele estava lindo para variar, né? Aquele terno bem cortado o deixava ainda mais bonito do que eu poderia imaginar. Naquele momento, eu entendia a incapacidade de Isabella em resistir ao carrasco.
— Bom, não foi minha escolha estar aqui. Tinha um compromisso inadiável e esse aí — Apontou para Blake, que bufou irritado. — me trouxe aqui!
Blake olhou para Isa com a sobrancelha arqueada. 
— Que compromisso, Isabella? Eu não estava sabendo de nada. E isso foi uma das coisas que nos trouxe aqui. Você é irresponsável, não mede seus atos, coloca-se sempre em perigo sem pensar nas consequências, lembra-se do nosso aniversário na cabana, né?
Ela abaixou a mão calmamente e respirou fundo, olhou pra mim de soslaio como se me pedisse ajuda. Dei de ombros escondendo um sorriso. Esses dois... 
— Nem tudo que eu faço, você tem que ficar sabendo. Vamos logo com essa merda, não é por você, querida, sabe que adoro sua companhia. 
Assenti sorrindo, adorava a companhia daquela garota. Como ela me divertia, ensinava e surpreendia.
— Vamos, Blake. Se a ideia não foi da Isa, foi sua. O que está havendo? O que posso fazer pelos dois?
Ele arranhou a garganta e esticou a coluna, se mexeu desconfortavelmente e desviou o olhar por um momento. Às vezes, ele parecia um menino quando ficava constrangido. Coisa mais linda!
— Ok, vou falar de uma vez. — Respirou fundo. — Diga a essa provocadora que na empresa não podemos ter mais encontros quentes. 
Franzi a testa e fixei meus olhos nos dele. Pela minha visão periférica, vi Isa bufar e fazer caretas.
— E por que isso nessa altura do campeonato? Os dois protagonizaram coisas intensas na empresa inteira, pelo visto.
— Ah, você sabe. Ela me encurrala nas salas, na cozinha, banheiro e não posso resistir. Mas agora que está tudo em modo familiar, vamos dizer assim, temos que nos conter. Não quero que fiquem pensando coisas dela.
Isa bufa e joga a cabeça para trás. Murmura um: “velho entediante” e eu escondo um sorriso pela carranca que Blake faz. 
— Blake, querido. Não estou entendendo o porquê você quer manter todo esse “respeito” agora. O que mudou? 
Ele abriu e fechou a boca parecendo cada vez mais desconfortável. Isa levantou-se de supetão e colocou as mãos na cintura. 
— Porque ele é um idiota, controlador e chauvinista. Eu quero tê-lo quando sinto desejo, ele tem que parar de querer me provocar, se quer manter a porcaria da compostura. Ele me olha e já quero pular nele! O que posso fazer?
Arregalei os olhos e encostei-me à cadeira cruzando os braços. Esses dois me davam tanto trabalho.
— Isabella, transar cinco minutos antes de uma reunião não é tão legal. Fico sentindo seu gosto em mim e não consigo me concentrar. Fico latejando de desejo.
Coloco minhas mãos para o alto e reviro os olhos. 
— Por favor, sem detalhes. 
Isa se vira pra mim sorrindo, aquele sorriso debochado que só ela sabe dar.
— Não seja hipócrita, você criou isso tudo. Principalmente esse cara arrogante. —  Apontou o dedo para o Blake, que sorria amplamente pra mim.
Eu me derretia completamente com aquele olhar pecaminoso.
— Ok, mas não quer dizer que preciso ouvir de seus encontros ao vivo, quando estou criando as cenas estou sem expectadores, ok? — Acredito que enrubesci com o sorriso cúmplice dos dois. — Mas diga, Blake, o que você quer, na verdade? Sei que gosta do fogo da Isa. Está com ciúmes, algo assim? 
— Quero que ela pare de me provocar. Sinto vontade de jogar essa mulher em cima da mesa a todo momento, e isso me deixa disperso. 
Torci a boca de lado e franzi a testa olhando de um para o outro.
— Mas aí não seria Isabella... 
Ele pareceu pensar por um minuto e a louca se virou pra mim sorrindo com os polegares para cima. Deus, como esses dois sabiam ser irritantes!
— Isso é verdade!
Eles se entreolharam e sorriram apaixonadamente, revirei os olhos. Bati com as duas mãos nas pernas e me levantei. 
— Bem, se for só isso eu preciso trabalhar. A gente se vê daqui umas semanas, tenho uma surpresa para os dois.
Isa sorriu e deu pulinhos de alegria, aproximou-se e me abraçou. E, em seguida, andou até a porta esperando por Blake. Ele, por sua vez, pegou minha mão e depositou um beijo casto.
— Obrigado por tudo, querida!
— Eu que agradeço aos dois por tudo que me proporcionaram. — E eu realmente queria dizer isso. Ele sorriu amplamente e se aproximou da sua provocadora.
Eles saíram do quarto e fui até a porta para observá-los, no meio do corredor entrelaçaram seus dedos e se entreolharam. Blake com seu terno impecável, aura controlada e seriedade profissional. Isa com sua personalidade extrovertida de mulher que sabe o que quer. Eram tão diferentes e, ao mesmo tempo, se assemelhavam tanto. Enquanto ele era calmo, ela era explosiva. E essa era toda a magia, um completava o outro.
O que seria de mim sem esses loucos? Possivelmente minha vida não seria tão divertida.



Cena extra do livro



E vocês? O que acharam de tanto amor? Quero em páginas nas minhas mãos já, já!



2 comentários:

  1. Fico imaginando como seria criar personagens tão diferentes do que somos ou de quem conhecemos..Me arrisco a escrever alguns pequenos contos, mas sempre baseados em experiências ou nas experiências de alguém que conheço. Sei lá, acho mais fácil criar um cenário e as pessoas ali envolvidas.
    Mas no caso de Pecaminoso, parece que tudo foge a regra. O carrasco gostosão é atípico e a mocinha, não é tão mocinha assim!
    Ambos tem personalidade e talvez seja esse o ponto alto da leitura!
    Beijo

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  2. Eu nunca tentei, mas acho que não teria criatividade para criar uma história como essa, principalmente por causa dos personagens, que são totalmente diferentes do que eu sou. Se eu fosse um autor, eu seria o contrário da Gisele, eu iria adorar os vilões hahaha Os personagens são ótimos, principalmente por causa de suas personalidades.

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