16 abril 2015

Resenha: Garota Online




Olá! A resenha a seguir é de um livro que enquanto lia fiquei morrendo de vontade de dar de presente a pelo menos dez pessoas que achei iriam se identificar, isso porque não parei para contar todas que conheço que deveriam lê-lo. O que quero dizer é que é uma leitura com que muitos participantes de blogosfera podem se identificar também. Veja se você se identifica.



Autora: Zoe Sugg

Editora: Verus - Grupo Editorial Record
Assunto/ Categoria: Blogueira, YA, Romance, Ficção, Fama, Internet, A vida da nova geração com as mídias digitais, Nova Iorque, Protagonista Britânica, Blog Anônimo
Páginas: 308
Sinopse: Penny tem um segredo. Com o nickname Garota Online, ela escreve um blog no qual desabafa seus sentimentos mais íntimos sobre amizade, meninos, os dramas do colégio, sua família maluca e os ataques de pânico que começaram a dominar sua vida. Quando as coisas vão de mal a pior, sua família a leva para Nova York, onde ela conhece Noah, um garoto lindo que toca guitarra, e com quem ela parece ter muito em comum. De repente, Penny percebe que está se apaixonando — e escreve sobre cada momento dessa história em seu blog, de maneira anônima. Só que Noah também tem um segredo, que ameaça arruinar o disfarce de Penny para sempre. Garota Online é um livro encantador, que traduz exatamente o que significa crescer e se apaixonar na era digital.





Blogosfera, Romance, Diversão e Aprendizado


Penny é uma adolescente de 15 anos, e eu tenho a tendência de não me envolver de fato com toda paciência em livros voltados só para esse tipo de faixa etária. Alguns autores infantilizam demais. Ou talvez a minha cabeça já fosse diferente quando tinha 15 anos. Com certeza fui muito diferente de Penny, mas lendo sua história, pude entendê-la perfeitamente e não me incomodar com detalhes da sua personalidade. Os traços jovens só me fizeram entender e sorrir, ou voltar a ter essa idade. Garota Online é um livro que você termina amiga da protagonista. Em alguns momentos me vi muito distante dela, porém entendendo o que ela quer dizer, e em outros me vi exatamente em sua pele. Porque a autora fala sobre mudanças que acontecem na vida quando estamos crescendo, nos descobrindo. Uma bateu forte na minha cara, porque é algo que mesmo sendo mais velha que Penny, descobri recentemente. Penny aprende a viver, a se aceitar e amar e a perceber onde se estabelecer e quem valorizar. Tudo isso envolvendo um contexto divertido, pois além de tudo a personagem é desastrada aos extremos, tem um blog anônimo onde fala de sua vida e do que aprende e sempre dá um jeito de se meter em situações divertidas que nos emocionam. É uma leitura bem leve, mas que nos faz voltar no tempo, compartilhar segredos, rir e aprender.




A blogueira faz sucesso, mas é conhecida somente como Garota Online. Penny é confusa, desastrada, desajeitada e insegura. Não fique chateado ao ler "insegura" nesta resenha. Sei que a palavra causa repulsa instantânea na maioria dos leitores - causa em mim também! -, porque aqui fica de uma forme que cabe ao contexto sem ser forçado, é bem escrito e convincente. Por isso não há do que reclamar. A insegurança a que me refiro aparece logo no início, quando ela diz que fica ansiosa constantemente e lista coisas que a deixam nervosa, diretamente ligadas à sua aparência. Foram coisas tão bobas, que li como uma crítica, do tipo "o que as pressões sociais estão fazendo com as adolescentes...". Cantei mentalmente Pretty Hurts e continuei a ler. Além disso, Penny mantém amizades que você vê de cara que não são verdadeiras nem úteis em nenhum sentido, mas que só a usam e colocam para baixo. Seu único amigo verdadeiro é Elliot, seu vizinho que vive brigando com os pais defendendo sua homossexualidade. Os dois juntos é algo perfeito de se ver. Dei boas risadas e preenchi vários corações mentais para os dois. Penny também tem ataques de pânico, mas a princípio não sabe. Então o início mostra bem isso: a confusão mental em que ela se encontra. Suas ansiedades e o que a deixa longe de estar de fato feliz.



O acontecimento que a tira de sua zona de conforto é quando durante a peça da escola em que é fotógrafa um acidente super constrangedor lhe acontece, é gravado e postado na internet. Ela vira um viral. E tudo parece desmoronar quando seus pais resolvem viajar para Nova Iorque - Penny é britânica. E é aí que a história começa. O tempo de viagem é curto, e até a volta ao final do livro também, mas a personagem amadurece de uma forma linda. No final há totalmente aquele sentimento de olhar para trás e ver outra pessoa no seu lugar. É isso que acontece com Penny. Sua mãe trabalha organizando casamentos e lá precisa montar tudo num hotel, ao estilo de Downton Abbey. Leva a família e Elliot. Só que a viagem vai além disso, porque Penny conhece Noah. É muito bom ler as "aventuras" deles por Nova Iorque. Imaginar a cidade, mas principalmente, o sentimento. O acolhimento de estar com alguém com quem não se precisa fingir nem se guardar. Com Noah, Penny sente que pode ser ela mesma sem se ocultar, que pode mostrar suas falhas e que amigo - ou qualquer pessoa com o mínimo de maturidade e caráter - não usa coisas pessoais suas contra você. É um romance inocente que começa com uma linda amizade. E o sentimento é esse: acolhimento, aceitação e pertencimento. Aos poucos e sem perceber, Penny aprende o significado de tudo isso.



Quando volta de viagem e mais mil coisas loucas acontecem, tudo está diferente, porque ela teve uma nova perspectiva. Mas não de modo extremo. As mudanças são convincentes. O que Penny aprende também. Isso aliado à questão da blogosfera, da fama e da mídia foram um prato cheio para mim. Vi no livro muitas das coisas que ouvi falar nesse pouco tempo de aula na faculdade (faço comunicação social), então foi como ter um livro como referencial para um pouco de tudo aplicado, misturado à descobertas que eu mesma tenho feito sobre mim. Uma das coisas que mais me marcou que Penny diz é sobre amizade, sobre quando um amigo não serve mais pra gente. Porque nós crescemos e não pode ser a mesma coisa. Marquei o quote com mil corações. Esse e outros. Outros quotes foram marcados com mais sorrisos. E no final, um tantinho de emoção apesar da previsibilidade de como iria terminar. Mas é o que eu disse, uma leitura leve e divertida, mas que faz você parar para pensar sobre o que é crescer. Por isso fiquei com vontade de indicar para tanta gente, porque conheço muita gente que se identificaria com a história. Fora que a questão "blog" me faz criar uma ordem mental para todas as blogueiras lerem. Sério, se você tem um blog e se identificou com isso tudo, não deixe de ler Garota Online. Se você não tem, também. É divertido e rápido. E me fez perder algumas horas de sono.





5 Estrelas
 ♥
(só para lembrar, só o coração é sinônimo de "deixou uma marca de carinho", não favorito. Quando é favorito eu escrevo para vocês!)

2 comentários:

  1. Já havia visto a capa deste livro pelo mundo literário, mas de fato, não havia parado realmente para ler nem a sinopse..Acredito que por "ter passado da idade", achei que seria um livro infantil demais..e agora, lendo sua resenha, vejo que sou infantil até hoje. Tenho um blog de poemas, nada que se diga poesia de fato, mas é um mundo, onde gosto de escrever meus textos e colocar para fora minhas confusões....e com Penny, sonhar também faz parte.
    Esse crescer não é algo somente relacionado a idade, as descobertas..porque incrivelmente, estamos crescendo e nos descobrindo mesmo com 40 anos de idade...e porque não, sonhando e acreditando no amor.
    Vai pra lista de desejados com certeza!!!
    Beijo

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  2. Quando eu vi esse livro pela primeira vez, acho que no lançamento, eu realmente não tive interesse no livro, mas depois que vi uma resenha sobre ele, eu passei a adorá-lo! Eu ainda não tive a oportunidade de lê-lo, porém eu tenho muita vontade, pois vi que a história não é tão infantil quanto eu achava que era. Adorei a resenha!

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