11 abril 2015

Resenha: O destruidor de corações



Olááááá, seus lindos! A resenha de hoje é de um livro mais quente, tanto material quanto emocionalmente. Vamos lá!


Autora: Vi Keeland

Editora: Charme
Assunto/ Categoria: Romance, Romance Erótico, Lutador, MMA, Traumas, Violência Doméstica, Ficção Estrangeira
Páginas: 277
Sinopse: Não importava que o árbitro tivesse considerado que aquele tinha sido um golpe limpo. Nico Hunter nunca mais seria o mesmo. Elle tem uma boa vida. Um trabalho que ela ama, um apartamento grande, e o cara que ela está
namorando há pouco mais de dois anos é um ótimo partido. Mas sua vida é chata... e ela se esforça para mantê-la assim. Muitas emoções são perigosas. Seu próprio passado é a prova viva do que pode acontecer quando você perde o controle. Então Nico entra no escritório de Elle e tudo muda... para ambos. Mas o que o lindo lutador de MMA, tatuado e com um corpo de tirar o fôlego pode ter em comum com uma advogada muito controlada? Muito mais do que eles esperavam.


Restauradores de corações



Não é segredo para ninguém que sou fã alucinada de romances em que há a questão: traumas do passado e o amor ajudando a solucionar tudo e curar os personagens. Acho divino! E não tenho vergonha de dizer. Certo. Só que ultimamente tenho ficado cada vez mais exigente com isso. Por quê? Porque já li muito do gênero. E sei diferenciar cada detalhe dentro disso. Outra coisa, uma observação que vem daí é que deve estar ficando cada vez mais difícil para as autoras de romance fazerem algo inovador, porque tudo em que pensamos já é um cliché. Desafio vocês a terem uma ideia original para um romance sem ficar tosco e irreal. De um acontecimento estrutural. É difícil, né? O Destruidor de Corações está aqui, se arriscando a ser aceito por ter um elemento já pensado antes: um lutador como mocinho principal, com cara de bad-boy e tudo. Como eu disse, minha piriguetagem literária está mais seleta. Então não basta descrever um mocinho "dentro dos padrões de beleza". Tem que descrever, querida, "A Personalidade". E se você é viciada em romances como eu e já está nesse momento de "cobrar mais" dos livros, essa resenha vai valer a pena.

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Nico Hunter é lutador de MMA - Ebaaaaaa! \o/. Sou uma pessoa calma, que não é focada em esportes em geral, mas que gosta de MMA e filmes como "Quebrando Regras". Pronto, falei! E a história de Nico é algo que se enquadra bem nesse mundo. Na verdade, é algo tão surreal que acontece com ele, que você fica meio incrédulo, refletindo sobre o enorme trauma que deve ter sido. E o cara nem se machuca. Mas o que acontece cria um trauma enorme no lutador, que precisa parar a carreira depois do acontecido. Do outro lado do ringue temos Elle, uma advogada que não quer muitas emoções na sua vida e mantém tudo calmo e estável. Um trabalho confiável. Uma rotina de chegar atrasada nos lugares sempre que possível. Uma amiga de voz sexy. E... um amigo com o qual sai de vez em quando para sexo casual. Só que a mulher de vida aparentemente perfeita também tem seus fantasmas do passado. E também são muito pesados. Sério. Essa parte entra bem no drama. O leitor fica nervoso só de se imaginar no lugar dos personagens.



Aí vem a parte mais delicada para mim: como eles se conhecem. Já vi tanto aquele sentimento de "atração injustificada irresistível", que perdeu a graça. É legal ver o jogo entre os personagens. Ser convencido a entrar na história com eles. Entender por que um se apaixona pelo outro. Nico tem um jeito de predador que respeita a presa. Ele se aproxima de Elle e entende a situação dela, de que ela está saindo com o advogado dele, na verdade. E espera. Para ela é um ato ousado se permitir sair com o homem que tem um rosto familiar mas ao mesmo tempo ameaçador no ponto de fazê-la sair da sua zona de conforto. Nico passa uma promessa direta com sua imagem. Sim, meninas, aquela mensagem. E quando Elle decide se render, ela é muito bem cumprida. 

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O que acho muito importante é que isso não se perca depois. Muitas vezes o romance se desenvolve e o cara deixa totalmente de lado esse jeito "selvagem" de ser. Não. Um pedido que ele faz a ela no final comprova que Nico se apaixona mas preserva sua identidade. A-d-o-r-e-i esse final, por falar nisso. Ui! Elle é uma boa personagem feminina. Uma mulher comum. Não cai nos clichés dos extremos: a mulher insegura ou a mulher fatal. Ela é apenas normal e especial ao seu modo. E uma advogada que me deixa orgulhosa. Muito bem, moça. Chega um momento em que Nico sente que precisa voltar a lutar, e para isso precisa enfrentar o super problema de seu passado. E então ambos precisam lidar com seus próprios big problemas. E é uma barra bem pesada. Assuntos bem delicados. Acho que a autora segurou bem essa parte. Se fosse tudo resolvido tão fácil tão teria graça. Ela consegue colocar os pontos certos no momento certo, causando certa tensão necessária. Um tempo deles longe um do outro que contribui para essa aceitação pessoal.



O que posso dizer que ficou mais marcante para mim desta leitura foi a mensagem de compreensão e aceitação do outro. De receber ajuda de quem nos ama para superar nossos problemas. De pensarmos em nós mesmos. Aprendermos a nos amar antes de amarmos alguém. Também é legal ver coisas que algumas vezes são criticadas de modo natural. Como no decorrer do relacionamento deles, consensualmente, eles se deixarem levar pelo que têm vontade de fazer e fazer. E eu gostei do modo como foi apresentado por ler e sentir a veracidade daquilo. O amor vencendo a razão politicamente correta, sem se tornar algo abusivo. As cenas hot também são intensas e legais. Gostei bastante do modo como são desenvolvidas. Tudo isso fez com que fosse uma leitura agradável. Talvez tivesse sido melhor se eu estivesse mais "no clima", acho que estava um pouco desanimada de romances. Fora isso foi só amor torcer pelo romance e para o casal vencer a grande luta travada contra si mesmos.

4 Estrelas





5 comentários:

  1. Sou uma romântica incurável graças a Deus!rs e cada vez mais também fico exigente em relação a romances..Amo os clichês, é claro..mas essa invasão dos bad boys no mundo dos apaixonados também me agrada muito. Acho que depois de Belo Desastre, muitos partiram para este caminho, o que deu muito certo ou não.rs
    O que mais gostei foi a mocinha ser comum e não uma "afrescalhada"..rs
    Lerei com certeza!!!!!
    Beijo

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  2. Oi! ^^
    Apesar de romântica na vida real, não sou muito fã de romances... vai saber o porque... é difícil eu ler algo do gênero, principalmente se for mais hot. Além disso caras estilo bad boys também não me atraem, sou mais um nerd clássico, de poucos músculos.. hihi...
    Pela sua resenha, acho que quem é fã do gênero no entanto vai gostar bastante.

    Beijusss;
    http://hipercriativa.blogspot.com.br/
    https://www.facebook.com/BlogMenteHipercriativa

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  3. Confesso que quando vi a capa ja teve aquele julgamento, acho que estava meio de "ai de novo um lutador", mas e bom saber que foge do normal e tem sua essência fiquei curiosa com a sua resenha e devo confessar mais pela guria do que ele.Li Belo desastre e amei e depois li Real confesso que decepcionei um pouco. Bom esse vai pra lista de vou ler ! bjkas

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  4. Confesso que não gosto de romance erótico exatamente pelos clichês, porém sei o quão difícil é para o autor criar algo diferente do que costumamos ver! Não fiquei interessado em comprá-lo, mas espero que outras pessoas interessadas no gênero compre-o. Adorei a resenha!

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  5. New Adult não é meu gênero preferido (nem sei se tenho um), mas, independente do gênero, sei apreciar um bom livro, infelizmente, não é o que ocorreu com " O destruidor de corações".
    Não posso dizer que meu desagrado se deve aos clichês, pois, dependendo da forma como é expresso, sei apreciar os clichês, acho que se deve mais ao fato de circundarem em um mesmo ponto, pela atração inicial louca e infundada (a ideia que passam é muito exagerada e, na minha opinião, não muito convincente). A ideia de posse também foi tratada de forma meio explícita demais, sai do fofo e começa a ser "assustador".
    O drama em si é convincente, consigo entender certas ações e comportamento dos personagens,
    Provavelmente o lado emocional deveria ter sido trabalhado mais que o carnal e a aparência poderia ter sido levada menos em conta (assim como a sensação de enganação (que me acompanhou boa parte do livro)).
    Não o considerei ruim, mas também não posso dizer que o considerei bom, provavelmente foi um livro mediano...

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