08 novembro 2013

Resenha: Aprendendo a conviver com quem se ama - parte 2








  Olá, antes de começar esta resenha gostaria de dar algumas justificativas sobre meu sumiço. Estou em época de testes, trabalhos e com provas para começar segunda. E está difícil... É muita coisa! Então esses dias estou postando os posts que já estavam prontos, em rascunho. Preciso enviar entrevista a dois autores, fazer resenha de Linhagens, da Eleonor Herzog e responder algumas tags. Se eu pudesse já teria feito isso tudo, mas tenho que dar conta de outras responsabilidades. De qualquer forma, prometo me esforçar para não deixar o blog sem posts. Posso reduzir, mas não parar. Então vamos lá! Confira a segunda parte da resenha deste livro maravilhoso. 



Autor: Neale Donald Walsch
Editora: Sextante

Sinopse: Neste livro, o autor transcreve de forma simples e envolvente um bate-papo com cerca de quarenta pessoas sobre os diversos aspectos do relacionamento humano
Assunto: Vida e amor... Para alguns auto-ajuda, para mim, reflexão e aprendizado.














"Os relacionamentos são a experiência mais importante de nossa vida. Nós nos relacionamos o tempo inteiro com a família, com os amigos, com o trabalho e com nós mesmos. Nada nos dá tanta alegria quanto conviver com quem amamos. Mas também não há nada tão complicado e doloroso,  Mesmo pessoas confiantes e competentes são diariamente confrontadas com a dificuldade de relacionar-se até com seus entes mais queridos, Diante dos problemas, sofremos, ficamos nervosos, infelizes e desorientados. Para nos ajudar a construir relações mais sólidas e harmoniosas, Neale Donald Walsch compartilha suas experiências conosco e mostra como nossas atitudes influenciam a vida daqueles que estão ao nosso lado.  Neste livro, o autor transcreve de forma simples e envolvente um bate-papo com cerca de quarenta pessoas sobre diversos aspectos dos relacionamentos humanos, expondo suas ideias e abordando temas como amor, amizade, casamento, compromisso e felicidade."





   Na segunda parte da resenha, gostaria de destacar mais alguns belos pontos que achei interessantes, e como eu disse, dar o meu ponto negativo sobre o livro. Vamos lá?

  Voltando a falar de amor, gostaria de dar destaque ao sentido de amar. Para vocês em que consiste este ato? Neale destaca a importância de amar pela contemplação, sem exigir algo em troca. Amar simplesmente, porque se ama, e não porque você quer algo da pessoa. Claro, fica claro que não devemos confundir isso com amar quem nos despreza e ficar sempre atrás, insistindo em um amor que não daria certo (estou falando do amor romântico). Amar tem a ver com "devolver a pessoa a si mesma". Fazê-la crescer e prosperar, simplesmente porque amamos.




  "Quando usamos um relacionamento dessa maneira deliciosa, transformamos toda a nossa experiência de nós mesmos com nossos entes queridos. Subitamente, nada queremos deles - queremos somente dar-lhes tudo. Procuramos dar tudo o que somos a eles, sem necessitarmos de nada em troca. Sei que isso parece impossível, mas quanto mais caminharmos nessa direção e nos aproximarmos desse ideal, mais felizes seremos em nossos relacionamentos."


  Em outras palavras, amamos de verdade, sem condições. Percebo que o amor do qual o autor fala é um amor evoluído, o amor maduro. E não é todo mundo que compreende o que o autor diz. Penso que ser capaz de amar desta forma é algo para uma maturidade e evolução maior. Hoje em dia vemos muitos relacionamentos fadados ao fracasso desde o início, porque as pessoas estão se decepcionando e parando de acreditar no amor. Muitas vezes quando começam, começam sem amar de verdade, começam por "empolgação". Conheço um caso assim que deu certo (graças a Deus!), mas não são todos. Sabemos bem que a maioria fracassa, e que toda regra tem a sua exceção. Outros, não têm a maturidade certa para amar, e veem relacionamentos amorosos como condição de status. Como se o outro fosse um troféu para mostrar aos amigos. Alguns, namoram porque não dão atenção a si mesmos, e precisam extremamente de alguém, para se completar. E preciso falar daqueles casos onde há traição? Para mim, traição é hipocrisia, é o materialismo puro sobre o espiritualismo. A pessoa se apega tanto à matéria, aos prazeres, que não ama de verdade. Ama as aparências, os status e os discursos morais errôneos que exaltam o orgulho. E também há traição com sentimento, quando alguém erra por não ter o discernimento  certo de abrir o jogo com o outro, e dizer que não dá mais certo, que realmente ama outra pessoa. E isso é falta de amor, falta de fazer ao outro o que gostaria que fizessem a você. Duvido que alguém prefira viver uma mentira, sendo traído a saber a verdade e tocar a vida feliz. Talvez a maioria daquelas justificativas de "vou magoar o outro, não posso falar", sejam na verdade, uma desculpa para ficar num jogo com duas pessoas, onde a brincadeira é séria. Muitas vezes, quem brinca com duas pessoas, não ama nenhuma das duas de verdade. Pode até pensar que ama, se iludir. Mas talvez, não conheça o verdadeiro significado do amor.

 Outro ponto interessantíssimo do livro é a abordagem da liberdade individual. Vou confessar: sou uma ciumenta em recuperação. E a leitura destes pensamentos me ajudaram muito. Quero compartilhá-los com vocês e claro, acrescentar minhas impressões, como venho fazendo. Muito bem. Neale tem a seguinte teoria: ao amar alguém, deseje à pessoa o que ela deseja para si mesma. Ou seja, não imponha à pessoa condições, não diga a ela o que ela deve fazer e como deve fazer. Não é essa a ideia de amar e ajudar o outro a crescer. Se você amar alguém deixe a pessoa ser feliz, deixe-a fazer o que quer. Se há algo que a pessoa faz que lhe incomoda, converse, exponha a situação e diga que certas atitudes o magoa. Então, vai perceber que o relacionamento não é uma ditadura, ou manipulação, é chegar a um acordo que seja melhor para os dois. O amor é livre de egoísmos. E se parar para observar a vida, vai reparar que o que mais te faz sofrer é o egoísmo. E o que mais faz feliz é o amor. 




  "O amor jamais diz não. Sabem como sei disso? Porque Deus nunca diz não. E Deus e amor são a mesma coisa. Deus jamais lhes diria não, mesmo que o pedido fosse absurdo. Ainda que Deus achasse que o que estava sendo pedido fosse absurdo. Ainda que Deus achasse que o que estava sendo pedido iria colocá-los em dificuldade. (...) Deus jamais lhe dirá não, porque Deus entende que, em última instância, vocês não podem envolver-se no problema maior. Sabem qual é o problema maior? É não serem. Vocês não podem se prejudicar a ponto de não serem. Vocês só podem evoluir e crescer e se tornarem cada vez mais o que realmente são. Assim, Deus nos diz: 'Escolho para você o que você escolhe para você. E desafio você a fazer o mesmo em relação àqueles que ama.'"



  O ponto negativo que disse, se refere a uma coisa bem pequena: em alguns momentos ele se contradiz. E eu entendo isso como uma tentativa de explicar o que sente que não deu certo. Parece que ele foi vaidoso, numa tentativa daquilo de "vamos superar tal coisa", mas na verdade na prática não seria bem assim. Ele fala sobre sua esposa, e uma das coisas que diz é que precisa dela ao mesmo tempo em que não precisa. Num momento diz que ela o faz se sentir melhor em alguns aspectos, que eles chegam a acordos, que se ajudam mutuamente, que a ama e etc. E que precisa dela. Em outros, diz que se tudo acabasse, ele poderia viver sem ela e que viriam outras pessoas em seu lugar. Eu não entendi bem esse sentimento. De certa forma parece querer estar junto e não querer estar ao mesmo tempo. Penso que se alguém que você ama tanto te deixa, você vai sofrer. Não vai ser presunçoso, sorrir e dizer "tem quem queira", e sair andando. Conseguem entender? Acho que tudo seria uma superação, uma compreensão de como seguir em frente. Não algo premeditado, que já se faz de certa forma longe da pessoa. Pela filosofia dele, eu entenderia que tendo maturidade, após conversar e ver que não dá mais certo, ele aceitaria. Mas não é uma pancada da vida fácil de se levar, acho que ninguém que ame mesmo, que se acostume à vivência diária com tal pessoa se sentiria assim, pensado que "ah... tudo bem... agora vou achar mais alguém". Você sabe que tem que continuar, mas não dá para mandar no coração e dizer que não vai se importar ou ficar triste.

  Gostaria de encerrar a resenha deste livro pequeno mas que traz muitas lições maravilhosas, fazendo uma alusão à tolerância. O autor cita que devemos ser mais tolerantes e livres de preconceitos. E esta é a mais pura verdade. Por que condenar alguém por suas escolhas sexuais? Pela sua cultura diferente ou outra coisa? As pessoas são muito mais que isso. Elas não deveriam ser consideradas por suas opções, mas sim por seu caráter. E ainda assim, como escolha de amizade. Em relação a você se identificar com tal pessoa ou não. Ainda assim, se não se identifica, por que odiar alguém que você mal conhece? Por que fazer tanta questão de sair por aí jogando na cara das pessoas que não gosta delas, que elas são isso ou aquilo e etc? Se aprendêssemos a ver o mundo melhor, aceitando as pessoas como elas são e sabendo que elas podem melhorar, tudo seria melhor. Melhor ainda seria, se tentássemos ajudar as pessoas a melhorar. Se eu faço críticas em minhas resenhas e textos, é uma tentativa de fazer com que as pessoas repensem seus atos e vivam melhor, com mais amor e paz. É minha tentativa de fazer com que reflitam e despertem para a vida, que não aceitem qualquer verdade que lhes é jogada, e que usem os livros para pensar, para tentar ver o mundo da melhor forma possível.




Obs: Resenha feita por mim como postadora no blog Flor de Lis.

 Beijos açucarados

 




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