14 junho 2013

Entrevista com Camila Dornas





Vamos conhecer mais um pouco de Camila Dornas? Que tal viajarem na mente por trás de A Linhagem?









  • Adorei a temática do seu livro, amo histórias nesse estilo. De onde veio sua inspiração de escrever um livro assim?

Fico muito feliz mesmo que tenha gostado do livro, ouvir isso me fez ouvir pássaros de tão feliz! A inspiração é uma coisa engraçada, nunca vem quando você espera que virá. A primeira vez em que pensei sobre a história de Evangeline foi olhando um desenho incrível que um amigo, estudante de moda, fez pra mim, de um vestido do século XVIII. Fiquei imaginando os Bailes, os amores impossíveis. Naquele momento ela veio prontinha na minha cabeça. Estávamos na praça de alimentação de um shopping, e eu não tinha uma caneta, muito menos um papel. Saí perguntando para todo mundo se tinham um caneta para me emprestar e escrevi o esboço todo em um guardanapo.





  • Qual é o melhor momento do seu dia para escrever?

De madrugada. O silêncio, o friozinho, é tudo tão pacífico. Não há momento mais perfeito para se escrever.


  • Quais os seus projetos futuros?
Estou escrevendo um livro ambientado no mesmo universo de A Linhagem agora, mas dessa vez na década de 20, e logo após vou escrever um livro inteiro apenas contando a história de Aghata, por que ela foi uma personagem que mesmo depois do fim de A Linhagem eu ainda senti que tinha muito a dizer. E há outros projetos borbulhando em minha imaginação, mas demorarei um tempo para termina-los devido ao meu livro atual. Acredito que ele vai tirar o fôlego dos leitores.


  • Como se sente ao reler seu próprio livro?
Meio entorpecida e incrivelmente feliz. Quantas pessoas podem dizer que tem o sonho delas nas mãos? Sinto-me privilegiada, escrever para mim é uma emoção que só se compara a se apaixonar. Intensa e vertiginosa.


  • O que é mais apaixonante na literatura?
Quando você lê, todos os seus medos, suas vontades, os desejos mais profundos da sua alma, aqueles segredos que você não conta para ninguém parecem incrivelmente mais simples. Ler é ter um pedacinho do mundo e de outra pessoa nas mãos. É ver outros lugares, conhecer outras culturas, sentir cada emoção do personagem como se fosse sua. Como não amar fazer algo assim tão mágico?


  • Quis passar alguma mensagem aos seus leitores com A Linhagem?
Quis, em primeiro lugar, passar uma mensagem de independência feminina, da força interior que nós naturalmente temos e só precisamos saber explorar para ganhar o mundo. E, é claro, quis falar sobre o amor, sobre a força transformadora que esse sentimento tem, quis que os leitores sentissem com Evangeline e Henry que amar é ser forte, é encontrar uma versão de si mesmo mais verdadeira que qualquer outra. Fazer os leitores pararem e refletirem com a minha história é o que eu sempre quis.


  • Se pudesse ensinar algo ao mundo, o que seria?



  Cuide do planeta, nós temos maravilhas inacreditáveis, e é tão triste quando vemos espaços naturais que um dia foram fantástico poluídos ou secando. E saber que cuidar dele depende apenas de nós só faz com que seja ainda mais trágico.

  • O que acha que há de mais errado no mundo? E de mais certo?
Acredito que o certo e o errado são ambos causados por nós mesmos. O ser humano tem a capacidade invejável de transformar o mundo ao seu redor. E nós os usamos para corromper, roubar, guerrear e matar uns aos outros. Mas também o usamos para amar, no sentido mais amplo da palavra, e não há nada mais bonito do que a capacidade do ser humano de ser bom, de fazer o bem, de se doar e de viver.

  • Claro que farei a pergunta que sempre faço, então lá vai: como vê o mundo à sua volta?
Vejo o mundo como uma tela, e cada pessoa a enxerga de cores e formas diferentes. Se o seu mundo será em tons pastel ou uma explosão de cores depende totalmente de você. Meu mundo é brilhante e vibrante, fascinante, e um mistério que eu pretendo apenas começar a desvendar durante a minha vida. Mas, há também tanto mal, tanto egocentrismo, tanta maldade, vivemos em um planeta incialmente perfeito, que está sendo danificado a cada dia, e isso é triste.


  • Onde poderemos encontrá-la para sessão de autógrafos nesses próximos dias?
Agora em julho estarei no Bate papo da literatura Nacional em Brasília, no dia 20/07 no Café com Letras e Galeria das Artes, também estarei com um programa e autografando no Liberty Mall no dia 21/06 e estarei na Bienal do Rio! Então, espero todos vocês lá. o/


  • Como se sentiu ao preencher cada linha de A Linhagem? Consegue descrever a sensação de viajar para outro mundo incrível?
É inexplicável. Senti como se estivesse colocando um pedacinho de mim em cada linha, como se todos os sentimentos que borbulham em mim estivessem à flor da pele enquanto eu os escrevia. Liberdade. É uma boa palavra para descrever como eu me senti, livre.

  • O que defende mais? Inspiração ou técnica?
Talento é importante. Todo escritor nasce escritor, e tem aquela necessidade de colocar seus pensamentos em palavras desde jovens, mas técnica também é essencial em um texto bem-escrito, apenas uma ideia boa e inspiração podem ficar perdidos se não se consegue organizar aquelas ideias e usar a língua ao seu favor.

  • Pode dar uma dica a quem está começando?
Leia muito e escreva com seu coração. O que realmente diferencia uma história de tantas outras é a emoção que ela passa ao leitor. Se um livro tem isso, já é mais que meio caminho andado. Outra coisa é estar preparado para lutar pelo sonho de ser escritor. Não é algo fácil, mas é muito gratificante.


  • Qual a playlist de A Linhagem?



Tem presença forte do rock e música clássica.
A playlist completa de A Linhagem pode ser encontrada no link: http://grooveshark.com/#!/playlist/A+Linhagem/87316264





  • Quem é Camila Dornas, de fato, em emoções e pensamentos?



Sou completamente apaixonada, pela vida, pelo mundo, pelos meus amigos, por mim mesma. Sinto cada coisa com uma intensidade assustadora, não consigo ser mais ou menos, não sei ser em tons de bege, sou toda cores, tons intensos e vibrantes. Sou música, sou palavras. Seria capaz de amar alguém que me fizesse sentir do mesmo modo como me sinto quando vejo o pôr-do-sol. Acredito que fui uma guerreira com arco e flecha em minha outra encarnação, e que derrotaria qualquer exército desde que ele não fosse composto por baratas. Se eu fosse morrer agora, gostaria muito de estar comendo chocolate ( risos), só acredito que duas coisas sejam completamente inocentes, bebês e cachorros, qualquer outro ser é cheio de malícia. E eu sou, cheia de malícia e de sarcasmo, de sorrisos e de lágrimas. E de música, música, e mais música. 



  Para quem não viu o post de divulgação, Camila Dornas é parceira do Reflexão Literária. Gostaria de dar meus inúmeros obrigadas, e dizer que esta foi uma das melhores entrevistas que o blog já recebeu. Camila, suas respostas ficaram maravilhosas!

  Caso não tenham visto o post de divulgação com a sinopse do livro e mais detalhes, cliquem aqui.

  Em breve terá resenha e reflexão para vocês.



  Beijos açucarados



4 comentários:

  1. Oi Vivian tudo bem?
    Nossa que super entrevista ein,mais uma vez parabéns pela parceria flor!
    Logo logo,espero ver sua resenha e assim concluir que estou preparada para ler a história,dependo é claro de sua opinião!
    Um big abraço a você e a escritora!
    bjus
    Tamires C.

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  2. Que entrevista perfeita, deu para sentir a alma da Camila =)
    Devo ler o livro dela ainda esse mês e foi muito bom saber um pouco mais sobre o processo de criação dele.
    Agora sou mais fã dela, uma querida.
    Parabéns e sucesso ao blog!!!!
    Te espero no Leituras, vida e paixões!!!!

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