- Livro cedido em parceria com a editora -
Autora: Corey Amy HayouEditora: Galera RecordAssunto/ Categoria: TOC, Romance juvenil, Ficção, YA, Terapia, Romance.Páginas: 320Sinopse: Bea foi diagnosticada com transtorno obsessivo-compulsivo. De uns tempos pra cá, desenvolveu algumas manias que podem se tornar bem graves quando se trata de... garotos! Ela jura que está melhorando, que está tudo sob controle. Até começar a se apaixonar por Beck, um menino que também tem TOC. Enquanto ele lava as mãos oito vezes depois de beijá-la, ela persegue outro cara nos intervalos dos encontros. Mas eles sabem que são a única esperança um do outro. Afinal, se existem tantos casais complicados por aí, por que as coisas não dariam certo para um casal obsessivo-compulsivo? No fundo, esta é só mais uma história de amor... e TOC.
Uma história de TOC e... Amor!
Uma história de amor e TOC seria mais um livro que segue a tendência de trazer as dificuldades de jovens doentes vivenciarem um romance, mas se diferencia totalmente por colocar em questão o TOC, algo psíquico e não diretamente físico, em que a cura no caso é algo operável pelos personagens e terapeutas. Por isso se torna não uma leitura dramática, mas uma leitura em que você conhece anseios e frustrações que precisam ser ultrapassados e torce por isso, torce pela força e recuperação de Bea e Beck, enquanto não consegue deixar de se imaginar no lugar deles e se perguntar se lá no fundo você não tem um TOC inofensivo e imperceptível.
A história começa com Bea numa festa onde conhece Beck sem saber quem ele é, na verdade, há um apagão no lugar e ele tem uma crise, acaba que é ela a ajudá-lo. Pouco depois, um menino interessante ganha sua atenção em seu grupo de terapia coletiva, e para sua surpresa é o mesmo da festa. Bea tem tendência obsessiva compulsiva em vigiar pessoas específicas, na verdade, o casal que faz terapia antes dela, e em tomar cuidado excessivo em tudo que faz, como dirigir e checar se mesmo a 30 km/h não atropelou a menina lá do outro lado da calçada da outra pista. Ela precisa verificar tudo, verificar se o casal está fazendo isso ou aquilo, se estão bem, se ela tomou cuidado com coisas pequenas, para ter certeza de que nada de ruim irá acontecer sempre buscando justificativas para si mesma, se não, tem crises horríveis de ansiedade, por isso não consegue se controlar. O problema é que mesmo com tudo isso, Bea não admite que tem muitos problemas, acha que do grupo de terapia coletiva em que a terapeuta a coloca para ver se surte mais efeito, ela é a "mais normal".
O livro segue o rumo, realmente, de uma história de amor e TOC, enquanto vemos que a obsessão de Bea pode prejudicar seu relacionamento com Beck, pois ela precisa mentir para todos à sua volta para manter seus hábitos, e vemos que cada vez mais a doença toma uma dimensão maior na sua vida, a impedindo de seguir como deveria. Para mim esta foi uma história mais de TOC do que de amor. O romance é aquele dos primeiros momentos, já que os personagens são adolescentes, nada muito profundo, a não ser pela parte da superação do TOC. Beck passa a se preocupar em melhorar por Bea, o que achei muito legal. O maior obstáculo da história é, realmente, ela mesma se vencer. Ultrapassar o TOC e seguir a jornada de sua vida da melhor forma possível.
Gostei muito da leitura. Foi interessante chegar mais perto do assunto, que eu não sabia que poderia ser tão grave, como vemos até além dos protagonistas, com os outros membros do grupo de terapia de Bea. É angustiante ver algumas cenas, o que o TOC leva a pessoa a fazer consigo mesma, e é impossível ler sem querer entrar na história e ajudar. Mais um livro dos que vai para a lista do "me fez querer ser psicóloga se não existisse produção editorial". Mostra a importância do apoio de pessoas queridas, de amigos e familiares a essas pessoas e o que a ausência desse apoio correto pode fazer. Senti que tanto Beck quanto Bea precisavam de mais apoio do que recebiam fora da terapia, e acabaram por encontrá-lo um pouco no amor que sentem um pelo outro.
4 Estrelas
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentem à vontade, reflitam bastante, se divirtam e suspirem. Por favor, respeitem as seguintes regras:
-Os comentários devem se referir ao post em questão.
-Comentários que só contém divulgação de blogs estão proibidos. Se quiserem, comentem e deixem o link do blog no final. Sempre respeitando, o espaço alheio.
Muito obrigada e voltem sempre.