17 maio 2013

Resenha: A Hospedeira





Autor: Stephenie Meyer

Editora: Intríseca
Assunto: Ficção científica e romance
Sinopse: Nosso planeta foi dominado por um inimigo que não pode ser detectado. Os humanos se tornaram hospedeiros dos invasores: suas mentes são extraídas, enquanto seus corpos permanecem intactos e prosseguem suas vidas aparentemente sem alteração. A maior parte da humanidade sucumbiu a tal processo. Quando Melanie, um dos humanos "selvagens" que ainda restam, é capturada, ela tem certeza de que será seu fim. Peregrina, a "alma" invasora designada para o corpo de Melanie, foi alertada sobre os desafios de viver dentro de um ser humano: as emoções irresistíveis, o excesso de sensações, a persistência das lembranças e das memórias vívidas. Mas há uma dificuldade que Peregrina não esperava: a antiga ocupante de seu corpo se recusa a desistir da posse de sua mente. Peregrina investiga os pensamentos de Melanie com o objetivo de descobrir o paradeiro dos remanescentes da resistência humana. Entretanto, Melanie ocupa a mente de sua invasora com visões do homem que ama: Jared, que continua a viver escondido. Incapaz de se separar dos desejos de seu corpo, Peregrina começa a se sentir intensamente atraída por alguém a quem foi submetida por uma espécie de exposição forçada. Quando os acontecimentos fazem de Melanie e Peregrina improváveis aliadas, elas partem em uma busca incerta e perigosa do homem que ambas amam.







A Hospedeira







  Para entender, é preciso visualizar a obra e ir além. Há quem diga que o início é chato. Não acho que seja, só simplesmente não te prende tanto... Não me prendeu tanto, quer dizer, mas isso não quer dizer que não tenha acontecido com alguém. 

  Então vamos visualizar. Você é uma pessoa normal, faz esportes, tem uma boa família, um irmão mais novo... Quando de repente, o mundo é invadido por alienígenas. E o mais impressionante, é que eles dominam o mundo usando praticamente só a inteligência e a discrição. Como? A vida é normal, e de repente você descobre que seu mundo foi dominado por seres de outro planeta? Sem guerra, sem ataque, sem discos-voadores... Só a mudança repentina. E então, de seres dominantes, os humanos passam a ser animais selvagens que têm que ser domesticados. Animais que têm que fugir para sobreviver. 



  Os alienígenas, que são as almas, são seres pequenos, uma espécie de parasita. Precisam de hospedeiros para sobreviver. E como é da natureza deles, isso é normal. Peregrina é assim. Personagem principal. Uma alma, que já viveu muitos planetas, por isso o apelido, Peregrina e a fama entre seus iguais. E ela nunca havia sentido nada parecido até ser humana, nem se adequado em outra vida. As emoções são difíceis, há sentidos que ela nunca teve antes.


  O argumento das almas para invasão da Terra, , é que os humanos não sabiam como usá-la. Destruíam recursos, deixavam pessoas passarem fome quando havia o suficiente para todos, eram violentos, matavam e agrediam, poluíam o planeta... O lugar era bom para ser usado assim, se eles agem assim, é melhor não agir. Ou seja, uma crítica ao nosso mundo. Como há coisas erradas, que poderiam melhorar se não fosse o egoísmo humano. Quantas vidas poderiam ser melhores? Quantas oportunidades haveriam? 





"Nós não éramos esbanjadores. Tudo o que tomávamos, nós melhorávamos, tornávamos mais pacífico e belo. E os humanos eram bestiais e ingovernáveis. Haviam se matado com tanta freqüência, que o assassinato se tornara parte aceita da vida deles. (...) Não havia nenhuma igualdade na distribuição dos abundantes recursos do planeta. (...) Até mesmo a imensa esfera do planeta havia sido posta em risco (...), a Terra se tornara um lugar melhor, graças a nós.”




  As almas ocupam os corpos, e seguem a vida normalmente, sem as coisas que consideram ruins. Se acham perfeitas. Mas é perfeito tirar a chance de alguém de viver? De melhorar? Se observarmos a história, a humanidade evoluiu muito, está sempre evoluindo. Ganhamos conhecimento, e melhoramos um pouco mais que a qualidade de vida. O modo de pensar evolui com o tempo. Então, como seria a humanidade daqui a 1000 anos, se não fosse interrompida, no livro? 

  Peregrina foi avisada das emoções. Sabia que o que encontraria não seria fácil. E ao estar em sua nova hospedeira, Melanie, descobre que para ela é mais difícil ainda. Ela passa a ver imagens, lembranças de Melanie, e acaba se apaixonando pelo mesmo homem que ela, Jared. As emoções são muito intensas, e Melanie ainda está ali, lutando para não desaparecer de sua própria mente, lutando para conservar cada sentimento, ainda que não tenha nenhum controle, só consciência - imaginem como deve ser terrível, estar consciente mas não controlar seu corpo, sentir que ele é controlado e age de forma diferente. A situação é constrangedora para ambas. Peg está com algo em sua mente, e não pode se livrar. Melanie não pode controlar seu corpo. E elas são obrigadas a lidar com isso. Depois de muitas brigas, a relação se estabiliza.

  O ponto que muitos consideram interessante, deve ser a parte em que Peg decide ir atrás de Jared e de Jamie, irmão mais novo da nossa humana. A atitude é tomada por impulso, a impressão que há, é que Peg não consegue controlar suas emoções, se deixa levar pelo amor de Melanie, pelo amor pela Mel. Como se não bastassem essas complicações, ainda há uma buscadora - que é uma espécie de polícia para caçar os humanos- que insiste no caso de Peg, desconfiando da resistência de Mel. Só que nossa Alma mostra ser diferente das outras, ela se comove com a história, sente o mesmo amor que sua hospedeira é capaz de sentir, e diante das circunstâncias, decide ir atrás deles. A única esperança para saber se estão vivos, é seguir um mapa confuso que a deixa perdida no deserto. Quando não resiste mais, e é vencida pela desidratação e pelo cansaço, desmaia, sendo encontrada por seu tio, quem escreveu o mapa.

  Concordo com a frase de Stephenie Meyer atrás do livro, o amor é abordado de ângulos diferentes. É fascinante, com certeza um livro que, se lido atentamente e com disposição para aprender, é capaz de edificar. É construtivo. Como eu disse antes, ela arrasou na escrita. Vale muito a pena.


            
     "É um livro de ficção científica que não parece ficção científica - é sobre um triângulo amoroso com apenas dois corpos. O que mais gostei neste livro foi de explorar o amor de ângulos tão diferentes. O amor pela comunidade, pelo próprio 'eu', pela família - o amor romântico e o amor platônico." Stephenie Meyer

 “A hospedeira corresponde às expectativas de sua fama: combina ficção científica e romance de uma forma que nunca dera tão certo.”LibraryJournal

 “Com cenas inesquecíveis e perturbadoras que apontam questões fascinantes sobre distinções entre a essência da humanidade e seu corpo físico, é uma leitura arrebatadora.”Booklist 

 “Um thriller de ficção científica atormentador.”Publishers Weekly








Curiosidades:

  •   O Filme: Muito bom. Bem parecido com o livro. A princípio não gostei de alguns dos atores escolhidos, por não serem como eu imaginava os personagens. Mas sabem como é... Você vai vendo o filme, se envolve na história e bum! Eles passam a ser os personagens no filme. Mas tenho certeza de que se reler, vou continuar imaginando o Ian moreno de olhos azuis, com cara de simpático. E a Buscadora ainda será igual à Halle Berry. Aparências e materialismo à parte, a versão de A Hospedeira para o cinema me agradou muito. Tem uma boa dose de ação, e foi mágico para mim ver aquele livro tão querido em cenas tão boas.





  • Aguardamos as continuações The Soul (A Alma) e The Seeker (A Buscadora). Estes são os nomes das possíveis continuações do livro “A Hospedeira” (The Host), porém, não há uma data oficial de seu lançamento.






 








  Resenha feita por mim, como postadora no blog Flor de Lis





13 comentários:

  1. Adorei a resenha! Achei bem interessante como você colocou que o argumento das almas para justificar a invasão era o egoísmo humano. Mas ela não foram egoístas em tomar o direito de viver de outros seres? Nem tentaram ensinar gerações futuras simplesmente BUM vieram e ficaram.
    Gostei muito do livro, chegava num ponto que não conseguia parar. A relação de amizade da Mel com a Peg. E o Ian é meu personagem favorito hahaha Sempre vou imaginá-lo como o Somerhalder. Mas é como você falou, assistindo a gente acaba se envolvendo e vendo os atores escolhidos como os personagens.

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  2. Esse livro é incrível, a Meyer consegue tornar um ideia totalmente nova, em uma realidade incrível. Parabéns pela resenha..

    http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com.br/ (Comenta lá ;D )

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  3. Amei a resenha! parabéns pelo blog e mto sucesso com ele!
    A Stephenie conseguiu me surpreender mesmo, tbm adoro esse filme!

    http://meumundoemletras-gyh.blogspot.com.br/

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  4. Adorei a resenha.Já li o livro e no início demorei a identificar algumas coisas e fique meio que sem ter noção.Mas no mesmo dia li mais de 12 capítulos e conseguiu me prender,o livro é super legal e espero com toda certeza ver o filme.
    bjus
    Tamires C.

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    1. Oba! Que legal! É muito bom mesmo.
      Veja sim, vale a pena.
      Obrigada.
      Beijos.

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  5. Eu pensei como você quando o li, e o final é chato sim.
    Acho que a ideia de todas as obras da autora é fazer você pensar.
    Ana.
    http://umlivroenadamais.blogspot.com.br/

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    1. Não é fantástico? Encontramos ideias diferentes de todos os modos! Isso é maravilhoso! xD
      Eu gostei do final.
      É muito bom que A Hospedeira nos faça pensar... Sobre Crepúsculo, já não sei se há muito para se pensar, li faz um tempo e estava desatenta a isso. Mas amo a saga.
      Beijos.

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  6. Eu tenho e li o livro, gostei muito, espero que o filme não seja decepcionante!!!
    Obs: O livro dá a impressão que vai ter continuação!! :)

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  7. Adorei sua resenha, fiquei com vontades de ler rsrs
    tem continuação?
    www.refemdoslivros.blogspot.com.br

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